Uma das transações na conta de Queiroz citadas no relatório do Coaf é um cheque de R$ 24 mil destinado à futura primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Exonerado do gabinete do deputado
estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) no dia 15 de outubro, o
policial militar Fabrício José Carlos de Queiroz entrou na mira do Conselho de
Controle de Atividades Financeiras (Coaf) após ser detectada uma movimentação
atípica no valor de R$ 1,2 milhão em sua conta entre janeiro de 2016 e janeiro
de 2017. As informações são do jornalista Fábio Serapião, na coluna de Fausto
Macedo, no jornal O Estado de S.Paulo.
Registrado como assessor parlamentar,
Queiroz é policial militar e, além de motorista, atuava como segurança do
deputado, filho mais velho do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).
O Coaf informou que foi comunicado das
movimentações de Queiroz pelo banco porque elas são “incompatíveis com o
patrimônio, a atividade econômica ou ocupação profissional e a capacidade
financeira” do PM. O Coaf é a unidade responsável por monitorar e receber todas
as informações dos bancos sobre transações suspeitas ou atípicas e no futuro
governo Bolsonaro ficará sob a tutela do ministério da Justiça, de Sérgio Moro.
Uma das transações na conta de Queiroz
citadas no relatório do Coaf é um cheque de R$ 24 mil destinado à futura
primeira-dama Michelle Bolsonaro. “Dentre eles constam como favorecidos a
ex-secretária parlamentar e atual esposa de pessoa com foro por prerrogativa de
função – Michelle de Paula Firmo Reinaldo Bolsonaro, no valor de R$ 24 mil”,
diz o documento do Coaf.
Procurado pela reportagem, o PM disse que não sabe “nada sobre o assunto”. A assessoria de Flávio Bolsonaro disse ao jornal que não tem “informação de qualquer fato que desabone” a conduta do ex-assessor parlamentar, que teria sido exonerado para tratar da “sua passagem para a inatividade”.
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