Em
tom melancólico, ator se despediu da vida e disse que teve "a impressão
que foram 85 anos jogados fora num país como este e com esse tipo de
gente"
Encontrado sem vida em seu sítio em Rio Bonito, o
ator Flávio Migliáccio cometeu suicídio, segundo informações da polícia, e
deixou uma carta melancólica à família em que lamenta a situação do país e diz
que a humanidade “não deu certo”.
“Me desculpem, mas não deu mais. A velhice neste
país é caos como tudo aqui. A humanidade não deu certo”, escreve o ator no
texto, que circula nas redes sociais e foi confirmado como autêntico por um
policial à Fórum.
Na carta, o ator diz ainda que teve “a impressão que
foram 85 anos jogados fora num país como este e com esse tipo de gente que
acabei encontrando”.
“Cuidem das crianças de hoje”, finaliza Migliaccio
na carta.
O ator tornou-se conhecido pelos personagens “Tio
Maneco” dos filmes Aventuras com Tio Maneco e Maneco, O Super Tio, e “Xerife”
da novela O Primeiro Amor e do seriado infantil Shazan, Xerife & Cia. Ele
também interpretou o árabe “Seu Chalita” em “Tapas e Beijos”.
Migliaccio teve grande participação em várias fases
do cinema nacional, começando pelo período do Cinema Novo, quando atuou em
obras inesquecíveis como “A Hora e a vez de Augusto Matraga”, filme de Roberto
Santos baseado no conto de Guimarães Rosa que faz parte do livro “Sagarana”;
“Terra em Transe”, o clássico e Gláuber Rocha.
Com informações da Revista Fórum
Com informações da Revista Fórum
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