Os rodoviários que estão com salários e
benefícios em atraso poderão paralisar suas atividades na próxima quarta-feira
(10).
Dirigentes do Sindicato dos Rodoviários estão reunidos nesta segunda-feira (08) para fazer um levantamento detalhado da situação. O objetivo é fazer uma verificação de quais empresas ainda não honraram os compromissos com a categoria.
Logo após as festividades de Ano Novo,
muitos associados procuraram o sindicato para denunciar as condições em que
estão sendo obrigados a trabalhar: sem receber os salários e benefícios, como o
ticket alimentação.
Em alguns casos, nem mesmo o décimo
terceiro foi depositado nas contas dos funcionários, o que configura uma
irregularidade. Tem situações em que o associado não está conseguindo nem se
consultar através do plano de saúde, por falta de pagamento.
Hoje (8), é o quinto dia útil do mês e
prazo final para que os trabalhadores recebam os salários e demais benefícios.
Essa recomendação, inclusive, aparece como um dos pontos acordados entre a
categoria e patrões, por meio de Convenção Coletiva de Trabalho. Com base neste
direito dos trabalhadores, é que a entidade aguardará até o fim desta segunda-feira,
para saber quais empresas não cumpriram com a determinação. A partir daí, o
Sindicato confirma que tomará as medidas cabíveis.
O presidente do Sindicato dos
Rodoviários, Isaías Castelo Branco, disse que vai se reunir, nesta terça-feira
(9), com os diretores da entidade para atualizar as informações, ou seja, saber
quem pagou e quem não pagou.
Segundo ele, as empresas que não
efetuarem o pagamento dos salários e de outros benefícios em atraso dos
trabalhadores, essas terão os ônibus impedidos de rodar na quarta-feira (10). A
recomendação será para que os trabalhadores cruzem os braços e permaneçam nas
garagens, até que todos os pagamentos devidos sejam efetuados.
“Quanto aos empresários que realizarem
os pagamentos, estes não precisarão se preocupar, já que não haverá qualquer
tipo de manifesto nas portas das garagens. Esta é uma medida drástica, mas
necessária. Entendemos que somente desta forma é que alguns patrões respeitam
os direitos dos trabalhadores. A situação é desgastante para todos, mas
ultimamente, só somos atendidos na base da ameaça. Por esta razão volto a
dizer, as empresas que não pagarem serão impedidas de rodar na quarta-feira em
São Luís”, ressalta Isaias Castelo Branco.
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