Segundo presidente em exercício do
partido, o partido ainda não entrou em consenso sobre a decisão
Denise Madueño, de Agência Estado
O presidente em exercício do PDT,
deputado André Figueiredo (CE), admitiu nesta quarta-feira, 16, que o partido
avalia a saída do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, do cargo, depois das
últimas notícias de desmentidos e contradições protagonizados por ele. "O
partido confia plenamente no ministro Lupi. A única coisa que questionamos é a
oportunidade de ele continuar no Ministério. É uma questão de discutir a
oportunidade", disse Figueiredo. Ele afirmou que, com o tempo, tem
crescido a tendência de parlamentares do PDT a favor da saída de Lupi.
"Quando se passa muito tempo com o partido sendo noticiado de forma
negativa, cresce a insatisfação", afirmou.
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Desmentidos contaram contra o ministro, diz o deputado André Figueiredo (CE) |
O presidente do PDT afirmou que, caso
Lupi deixe a pasta, o partido não deverá indicar nenhum substituto e que a
presidente Dilma poderá colocar um "técnico" no lugar do ministro.
"O que move o partido são causas", disse, ressaltando que o PDT,
nessa hipótese, continuará apoiando o governo Dilma.
A Executiva do PDT vai se reunir nesta
quinta-feira, 17, após o depoimento de Lupi no Senado para avaliar o desempenho
do ministro e o apoio ou não do partido. Figueiredo disse que o ministro Lupi
vai dizer aos senadores, amanhã, quem pagou o avião que usou na viagem ao
Maranhão, em 2009, arranjado pelo dono na ONG Pró-Cerrado, Adair Meira. A
entidade é beneficiada com contratos de R$ 13,9 milhões com a pasta comandada
por Lupi.
No depoimento no Senado, Lupi deve
recuar e dizer que se encontrou com Adair Meira, o empresário que negou
conhecer em audiência pública na Câmara, na semana passada. "O ministro
disse que não tem uma relação íntima com ele (Adair). Ele (Lupi) disse que deve
ter se encontrado com ele em algumas solenidades", relatou o presidente do
PDT, que se reuniu com Lupi e o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), após
o encontro do ministro com a presidente Dilma Rousseff. Apesar de considerar
que Lupi vai corrigir a declaração dada aos deputados, André Figueiredo
defendeu o ministro dizendo que ele não é mentiroso.
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