Pedro Taques (PDT-MT) diz que partido
tem de ficar na base do governo.
Senador defende afastamento do ministro
até apuração de denúncias.
Iara Lemos
Do G1, em Brasília
O senador Pedro Taques (PDT-MT) defendeu
na tarde desta quarta-feira (16) o afastamento do ministro do Trabalho, Carlos
Lupi do cargo. O ministro é alvo de uma série de denúncias em que teria usado,
durante viagens ao Maranhão em 2009, um avião pago por Adair Meira, dirigente
de ONGs posteriormente beneficiadas por convênios com o ministério.
Senador Pedro Taques pede afastamento de Lupi |
"Eu defendo que o Lupi tenha de se
afastar até que as denúncias sejam apuradas. As denúncias são graves e precisam
ser apuradas. É isso que eu defendo, sem pré-julgamento", disse o senador
pedetista, em entrevista a jornalistas, no Senado, na tarde desta quarta.
Na semana passada, em uma entrevista
coletiva do PDT, o líder do partido na Câmara, Giovanni Queiroz (PA) chegou a
afirmar que, caso Lupi deixasse o cargo, o PDT sairia da base do governo Dilma.
Nesta quarta, Taques criticou a manifestação.
"Eu penso que esta não é a posição
de um partido que tem história como o PDT. Eu penso que partido não é Sine,
para dar emprego para quem quer que seja [...] Eu não participo de
ameaças", disse.
Segundo Taques, se o partido quisesse
deixar a base do governo, a decisão teria de ser tomada antes das denúncias
envolvendo o ministro terem sido divulgadas.
"Se politicamente entender se tem
de sair da base, isso tinha de ser feito antes. Não é agora, porque tem esse
fato que vamos alegar que vamos sair da base. Ai fica sem tempo e se entende
que partido pode fazer chantagem, e essa não é a função de um partido
político".
Na tarde desta quarta, líderes do PDT se
reuniram com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, na sede do ministério, para
discutir as denúncias de que Lupi andou em um avião que teria sido pago por Adair
Meira, dirigente de ONGs posteriormente beneficiadas por convênios com o
ministério.
Participaram o presidente nacional em
exercício da legenda, deputado federal André Figueiredo (CE), e o deputado
federal Paulo Pereira da Silva (SP), o Paulinho da Força, presidente da Força
Sindical. Mais cedo, Lupi se reuniu com a presidente Dilma Rousseff para falar
sobre o assunto.
De acordo com a Secretaria Geral da
Presidência, Lupi disse que não andou em jato pago por ONG e reafirmou
inocência. Conforme a secretaria geral, a presidente Dilma aguarda a defesa do
ministro.
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