MARCO ANTÔNIO MARTINS
DO RIO
O comandante da Polícia Militar do Rio,
o coronel Erir da Costa Filho, determinou a expulsão de 11 PMs por participarem
da greve da corporação em fevereiro.
Dentre os demitidos, nove são policiais
do 28º BPM (Volta Redonda), um do 15º BPM (Duque de Caxias) e um do 39º BPM
(Belford Roxo). Seis são cabos e cinco, soldados.
O coronel Costa Filho ainda determinou a
prisão, por 30 dias, da soldado Clarisse Inês Pereira. A decisão aconteceu por
ela ter feito comentários favoráveis à paralisação no Facebook.
De acordo com a comissão disciplinar que
avaliou a conduta de cada um deles, os PMs do batalhão de Volta Redonda, no sul
fluminense, por exemplo, estavam de serviço quando a greve foi deflagrada.
Todos, segundo a comissão, decidiram
voltar ao batalhão ao saberem da greve e deixar de lado o patrulhamento das
ruas. Segundo os integrantes da comissão, os atos dos policiais feriram a
legislação que impede a adesão de PMs a movimentos grevistas: "Movidos por
lideranças ilegítimas, colaborando para o clima de instabilidade na segurança
pública desse Estado".
O comandante-geral entendeu como
"grave transgressão disciplinar", já que, segundo ele, havia vários
entendimentos sobre negociações para aumento de salário para o PM do Rio.
Nos dez dias que antecederam à greve, o
Boletim Interno da Polícia Militar publicou recomendações e orientações de que
havia negociação com o governo estadual. Além de valorização do policial com a
realização de cursos organizados com esta administração.
Também foi importante para a decisão do
coronel Costa Filho, a manifestação realizada em 10 de fevereiro por 130 PMs,
sendo que 100 estavam de folgas.
Todos foram para o pátio do 28º BPM à
meia-noite. Ficaram até 8h em reuniões, além de cantos favoráveis à
paralisação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário