As investigações foram iniciada em 27 de setembro de 2017, com um elevado grau de complexidade, tendo em vista que entre os membros dessa associação criminosa havia um servidor público federal com avançados conhecimentos em TI.
A Polícia Civil do Maranhão prendeu, na
manhã desta sexta-feira (15), suspeitos de integrar uma associação criminosa
especializada em fraudar boletos de cobranças de taxas condominiais. Os
mandados de prisões preventivas e de buscas e apreensões foram cumpridos por
policiais do Departamento de Combate a Crimes Tecnológicos (DCCT/SEIC) e do
Laboratório de Tecnologia Contra a Lavagem de Dinheiro (LAB-LD).
Os integrantes da quadrilha foram
identificados como Wennys Carlos de Sousa Oliveira, de 31 anos, servidor público e proprietário da
empresa “Login Soluções Web”; Isaac Pereira do Nascimento, de 31 anos; Leide
Dayana Dias Silva, de 31 anos; e Reinaldo Castro Araújo, de 38 anos, que estava
foragido, mas se apresentou na Seic, nesta sexta-feira.
A quadrilha criminosa adulterava o
código de barras de boletos de cobranças por meio de um sistema de computador
(software/aplicativo, específico para condomínios) que gerava esses boletos de
cobranças. Uma vez pagos pelos condôminos, os valores não eram creditados na
conta do condomínio, mas sim na conta de uma empresa gerida pelo grupo
criminoso.
Ficou demonstrado através das análises
financeiras realizadas pelo LAB-LD que o dinheiro desviado era transferido das
contas da empresa para as contas dos membros do grupo criminoso. Estima-se um
prejuízos de aproximadamente 500 mil reais ao longo de 3 anos (2015 a 2017) ao residencial
Parque das arvores "Grand Park", deixando o condomínio sem condições
de manutenções básicas ou mesmo de sustentabilidade.
As investigações foram iniciada em 27 de
setembro de 2017, com um elevado grau de complexidade, tendo em vista que entre
os membros dessa associação criminosa havia um servidor público federal com
avançados conhecimentos em TI.
Ficou demonstrado nos autos do inquérito
policial inerente, que os investigados praticaram condutas amoldadas aos tipos
penais:
- art. 171, CP (estelionato)
- art. 299, CP (falsidade ideológica)
- art. 288, CP (associação criminosa)
- delitos previstos na lei 9.613/1998
(lavagem de dinheiro).
Os presos foram encaminhados ao sistema
penitenciário de Pedrinhas e estão à disposição da Justiça.
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