![]() |
André Lemos da Silva foi preso com 517 cartões de benefícios do INSS |
O estelionatário André Lemos da Silva, de 30 anos, foi apresentado à imprensa, na manhã desta quarta-feira (15), na Secretaria de Segurança. Ele foi preso durante uma operação da Polícia Civil, por
intermédio da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), na terça-feira (14) no bairro Turu, em São Luís.
A polícia já vinha monitorando os passos do criminoso há alguns dias. Ele foi preso em flagrante por fraudar 517 cartões de benefícios do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de pessoas já falecidas.
Segundo informações da polícia, durante
a prisão do estelionatário foram apreendidos ainda maquinário para a confecção
dos cartões magnéticos, comprovantes de residência em branco, papel moeda dos
documentos de identidade do estado do Maranhão em branco e apetrechos
utilizados para falsificação de documentos.
Dos 517 cartões
de benefícios apreendidos 172 estavam ativos gerando um rombo nas contas da Previdência
Social de aproximadamente dois milhões por ano.
A polícia disse também que o criminoso
possui um mandado de prisão expedido pela Comarca da cidade de Bacabal, a 240
km de São Luís, pelo o crime de estelionato, praticado em 2012.
André Lemos da Silva foi encaminhado ao
Complexo Penitenciário de Pedrinhas, na capital, e vai responder pelos os
crimes de furto qualificado mediante fraude, falsificação de cartão, uso de
documento falso e falsificação de documento público.
O inquérito será encaminhado à Polícia
Federal, pois o crime é contra uma instituição federal. A PF deve continuar com
o trabalho de investigação para tentar localizar outros integrantes da
quadrilha, que chegava a fatura mais de R$ 100 mil por mês.
Como
funcionava o esquema
Segundo a polícia, André Lemos não
estava sozinho na empreitada e contava com apoio de agentes no interior do
Estado. Esses agentes, ao tomarem conhecimento que um beneficiário do INSS
havia morrido, dirigiam-se à família para informar que o benefício seria
cortado e faziam proposta de compra do cartão e senha por até R$ 2 mil. Quando
a senha estava para vencer, precisando ser renovada, o estelionatário falsificava
nova carteira de identidade com foto de um idoso que também fazia parte da
quadrilha. Com o documento era só dirigir a uma agência do INSS para
cadastramento de nova senha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário