Rádio Voz do Maranhão

sábado, 11 de março de 2017

Roseana Sarney se apavora com revelações de João Pacífico, revela Veja

O pesadelo de Roseana Sarney tem nome: João Pacífico, um dos operadores de propinas da Odebrecht. 
A Revista Veja desta semana informa que o executivo da Odebrecht, João Pacífico, operador da propina distribuída a políticos da região Nordeste, teria citado em sua delação a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB).

De acordo com a coluna ‘Radar’, ex e atuais governadores do Nordeste, do Norte e do Centro-Oeste estão apreensivos com as revelações de Pacífico.

“Quem assistiu ao depoimento diz que Roseana Sarney, Marconi Perilo e até o falecido Eduardo Campos saem mal”, ressalta a nota.

A ex-governadora Roseana Sarney e o ex-senador José Sarney aparecem nas planilhas da Odebrecht que listam pagamento de propina, segundo publicação do site Congresso em Foco.

Sarney é descrito na lista pelo codinome “escritor”. A empresa é acusada de pagar propina para políticos e funcionários da Petrobras.

As planilhas foram apreendidas em fevereiro do ano passado com o então presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa Silva Júnior, no Rio de Janeiro, durante a fase Acarajé da Lava Jato.

Os papéis, entre os quais cópias de planilhas com várias anotações a mão, atribuem doações eleitorais a centenas de políticos, entre os quais Roseana e José Sarney.


A atuação de João Antônio Pacífico Ferreira

Diretor superintendente para as áreas Norte, Nordeste e Centro-Oeste da construtora, ele deve ter revelado detalhes de como atuava junto aos políticos para viabilizar obras nessas regiões. Foi citado pelo delator Melo como a pessoa que aprovou pagamentos no valor de 500.000 reais ao presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), que apareceria em planilhas da construtora com o codinome "justiça".

Segundo o mesmo executivo, Pacífico teria afirmado para ele que tinha interesse na obra do Canal do Sertão Alagoano, uma espécie de minitransposição do rio São Francisco. "Depois eu fui informado que haviam sido doados 1,2 milhão de reais a título de campanha", afirmou o delator. A obra do canal é feita pelo Governo do Estado, em parceria com o Governo federal, por meio do Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC).

A Odebrecht é responsável pelo quarto trecho da obra, ainda em construção, que foi, ao lado de outros trechos, questionado por indícios de sobrepreço pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A ordem de serviço deste trecho foi emitida em junho de 2013, na gestão do tucano Teotônio Vilela Filho.

João Pacífico, como é conhecido, também deve ter esclarecido se a construtora pagou propina para realizar as obras do projeto de irrigação Tabuleiros Litorâneos de Parnaíba, no Piauí, executada pela construtora em um consórcio com a Queiroz Galvão.

A obra já havia sido apontada em uma lista de obras sob suspeita da Polícia Federal, em setembro deste ano. Na delação de Melo, ele afirma que houve um acerto de pagamento de 3% dos valores repassados para a obra pelo Ministro da Integração, que em 2008, época dos fatos, era Geddel Vieira Lima, que deixou o Governo de Michel Temer por ter seu nome envolvido em outra denúncia.

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