terça-feira, 14 de abril de 2009

TSE ADIA JULGAMENTO DE EMBARGOS DE JACKSON LAGO

Congresso em Foco
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) adiou nesta terça-feira o julgamento de embargos protocolados pela defesa do governador cassado do Maranhão, Jackson Lago (PDT). No início da tarde, a corte eleitoral previa a análise de dois recursos feitos pela defesa do pedetista. Entretanto, no início da noite, eles foram retirados da pauta de julgamentos.

Lago e seu vice, Luiz Carlos Porto (PPS), foram cassados na madrugada de 4 de março por maioria de votos no TSE. Os dois perderam os cargos por conta da acusação de abuso de poder econômico e político. Na semana passada, a Procuradoria Geral Eleitoral (PGE) enviou parecer sugerindo a rejeição dos dois dois recursos.

Os recursos foram apresentados pelo governador e seu vice, a coligação “Frente de Libertação do Maranhão” e João Melo e Souza Bentivi, candidato a governador nas eleições de 2006 pelo Partido da Reedificação da Ordem Nacional (Prona).

No primeiro recurso, a coligação encabeçada por Lago argumenta que o TSE seria incompetente para julgar a questão, de acordo com dispositivo da Constituição Federal. No caso, sustentam que o TSE deveria extinguir a ação sem o julgamento de mérito ou determinar a remessa do processo ao Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA).

O recurso usa o mesmo argumento. Na semana passada, o partido do governador entrou com uma Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 167) na qual questiona a competência do TSE para julgar, originariamente, os pedidos de cassação derivados de eleições estaduais e federais. Na peça jurídica, o PDT afirma que os eleitos deveriam ser julgados somente pelos tribunais regionais eleitorais (TREs) de cada estado. (leia mais)

De acordo com o parecer da PGE, a tese de incompetência do TSE deveria ser questionada na defesa dos envolvidos, e não depois de concluída a decisão desfavorável a eles. Quanto à alegação de que a decisão não foi unânime, o parecer ressalta que quatro votos em plenário concluíram pela existência de abuso de poder político decorrente de convênios com propósitos eleitorais firmados entre o governo do Maranhão e centenas de municípios do estado - portanto a maioria dos ministros votaram pela cassação.

O candidato do Prona, João Melo e Souza Bentivi, pede a anulação dos votos dos também candidatos Edson Vidigal e Anderson Lago e a convocação de novas eleições no Maranhão. No entanto, a PGE sustenta que João Bentivi não comprova a condição de terceiro prejudicado no caso, e que declarar agora a nulidade do processo ou dos votos atribuídos aos outros dois candidatos é impossível, “pois esses candidatos não são parte do feito e, em relação a eles, não existe o alegado litisconsórcio necessário”.

Roseana

Em decisão monocrática divulgada nesta terça-feira, o ministro Arnaldo Versiani negou mandado de segurança pedido por Aderson Lago, sobrinho do governador cassado. Ele queria suspender decisão do TSE que proclamou eleita a segunda colocada no pleito, senadora Roseana Sarney (PMDB), após cassar os diplomas de Lago e do seu vice.

No pedido de mandado de segurança, Aderson afirmou que o TSE usurpou competência do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA). Sustenta que a apuração, totalização e proclamação do resultado das eleições estaduais é matéria administrativa, de competência dos tribunais regionais, de acordo com o artigo 30 do Código Eleitoral. A tese não foi aceita por Versiani.

Esse não é o único instrumento jurídico que pode influenciar no destino político do Maranhão. O Congresso em Foco mostrou que tramita no TSE o Agravo de Instrumento 10625, que acusa Roseana de abuso de poder econômico e de ter pago as despesas eleitorais da coligação União Democrática Independente, formada pelo PSL e PTC. A denúncia também foi feita por Aderson Lago.

4 comentários:

  1. vamos limpar a gavetinha!!

    ResponderExcluir
  2. JORGE DA BELIRA disse:

    Ainda não é hora, seu IMBECIL! E mesmo que a "gavetinha" venha a ser limpa, talvez quem tu estejas querendo não vá ocupá-la...

    (JORGE DA BELIRA).

    ResponderExcluir
  3. caro jorge gilberto lima infelizmente acho muito dificil o doutor jackson lago escapar dessa acho que não vale a pena se rebaixar o governador se deixou levar por pessoas que não estão e nem estiveram ai pro governo e pro propio governador faltou mais agilidade e ser mais duro o goverador por ser uma boa pessoa se deixou selevar pro pressões e influencias até hoje nao engulo as verbas milhionárias da mirante. e uma rádio timbira jogada fora e uma pessoa que e aliada de verdade sendo demitida. e duro ver ewerton rocha aziz santos aderson lago entre outros no governo que tinha tudo pra remodificar o estado e dr jackson jogou tudo a perder paciencia.

    ResponderExcluir
  4. JORGE DA BELIRA disse:

    Até concordo - em parte - com algumas de suas assertivas, meu caro MIGUEL.

    Contudo, o desempenho do Governador JACKSON LAGO nada tem a ver com esse julgamento. Ele está sendo julgado por ser BENEFICIÁRIO de possível compra de votos. Somente por isso.

    Não está em julgamento, portanto, se ele foi EXCELENTE, BOM, REGULAR, RUIM ou PÉSSIMO Governador. Até porque, mesmo que ele fosse um péssimo Governador - o que evidentemente NÃO É O CASO - isso não seria motivo para tomar-lhe judicialmente o mandato. Além do mais, todos nós sabemos que esse é um JULGAMENTO POLÍTICO, com cartas previamente marcadas.

    Eles querem tirar o Governador para favorecer um determinado grupo político, e pronto.

    (JORGE DA BELIRA).

    ResponderExcluir