segunda-feira, 18 de maio de 2009

EX-GOVERNADOR DO ESPÍRITO SANTO É CONDENADO À PRISÃO POR ESCÂNDALO

Ferreira foi sentenciado a 9 anos de prisão por desvio de projeto destinado a distribuir sopa a famílias carente

Rodrigo Rangel, de O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - O ex-governador do Espírito Santo José Ignácio Ferreira foi sentenciado a nove anos de prisão por desvio de dinheiro de um projeto social destinado a distribuir sopa a famílias carentes. Ignácio, hoje sem partido, foi condenado por formação de quadrilha, apropriação indébita e lavagem de dinheiro. Por causa da demora no julgamento do processo, porém, ele pode acabar absolvido nas instâncias superiores.

Na mesma ação, também foram condenados a mulher de José Ignácio, Maria Helena Ferreira, funcionária de carreira do Senado, e o ex-ministro Aníbal Teixeira, que comandou a pasta do Planejamento no governo José Sarney (1985-1990). No Espírito Santo, Teixeira foi um dos responsáveis pelo projeto social, comandado pela então primeira-dama, que originou o processo.

A denúncia, feita pelo Ministério Público, gira em torno da construção de uma fábrica de sopa com dinheiro arrecadado de empresários que, depois, recebiam em troca benefícios fiscais concedidos pelo governo. Só que, segundo a acusação, o dinheiro que deveria ir para o projeto social era desviado para um caixa 2 destinado a pagar despesas pessoais e de campanha de José Ignácio.

Ex-senador e ex-presidente da Telebrás, Ignácio governou o Espírito Santo entre 1999 e 2002. Seu governo foi marcado por denúncias de corrupção. À época, o escândalo da fábrica sopa virou até tema de música em protestos contra o governo.

Ao Estado, José Ignácio disse que recorrerá da sentença, proferida pelo juiz da 7ª Vara Criminal de Vitória, Willian Silva. "O dinheiro era privado", diz. "Não há como ter um crime sem vítima." Apesar da condenação, Ignácio pode ser favorecido por uma brecha da lei. Nesta segunda-feira, quando a sentença deverá ser publicada, ele completará 70 anos, o que reduz os prazos de prescrição e, em instâncias superiores, pode acabar tornando nula a condenação. O processo passou oito anos na Justiça.

José Ignácio, que ainda responde a outras processos, se comparou à governadora gaúcha Yeda Crusius (PSDB), alvo de denúncias de corrupção. "Acho que agora é a Yeda que está vivendo seu inferno astral, um drama que, na minha opinião, é imerecido", afirmou. O ex-governador disse não se arrepender de nada. "Rigorosamente, não tem um fato que me faça sentir com a consciência presa." O ex-governador poderá recorrer da sentença em liberdade.

3 comentários:

  1. Tudo neste país precisa ser AUDITADO mas não pelo próprio BANDO, quando á toga chega a este DESCALABRO,é porque já não restou mais nada.
    CPI da toga já.
    JUSTIÇA ARBITRAL PRIVADA,JÁ!
    www.claudiohumberto.com.br.
    Tô nem aí
    O CNJ investiga magistrados de vários estados que, apesar do acúmulo de serviço,
    dão aulas em faculdades durante
    o horário do expediente.

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  2. Olha SÒ ARMINIO eles são do tempo que ROUBAR gasolina era LUCRATIVO,será que eles ainda não descobriram, que manipular sentença é BEM mais lucrativo.
    www.blog itevaldo.
    TJ COMPROU 335.366 mil LITROS DE COMBUSTÍVEL
    Em 2007, o Tribunal de Justiça comprou 308.366 litros de gasolina e 27.000 litros de óleo diesel, para a sua frota de então 62 veículos – incluindo os 24 carros que servem aos desembargadores – conforme o o Pregão Eletrônico nº 16/2007.

    O blog teve acesso ao Relatório de Pregões Eletrônicos realizados em 2007, onde consta o Pregão Eletrônico nº 16/2007 para aquisição de combustíveis pelo prazo de um ano para os veículos do TJ-MA. A presidência do TJ à época estava a desembargadora Madalena Serejo.

    Ocorre que o TJ-MA a época possuía 62 veículos de passeio. Assim sendo, foi contratado o fornecimento de 4.973 litros de combustível para cada carro no período de um ano (308.366 litros de gasolina / 62 veículos), o que importaria no consumo semanal médio de 96 litros por veículo. Sem contar os 27.000 litros de óleo diesel.

    Como a quase totalidade dos veículos da frota do TJ-MA possui consumo médio de 10 quilômetros por litro de combustível, é de se presumir que os veículos do Tribunal de Justiça realizam deslocamentos - superior a 1.000 km por semana - ou estejam com problemas de manutenção, que importem em consumo irregular de combustível.

    Como a frota de carros foi comprada recentemente, diminui-se os problemas com manutenção. Ir a academia de ginástica ou a Avenida Litorânea não levaria a tal consumo. Teríamos no TJ-MA uma frota de transporte escolar ou de veículos de turismo?

    A resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que põe fim a farra no uso dos veículos oficiais dos Tribunais de Justiça e órgãos do judiciário chegou foi tarde. Antes tarde do que nunca.

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  3. Ó COITADO,SEMPRE PEGO COM MENTIRAS TOLAS!

    www.congressoemfoco.com.br
    A Câmara pagou, sim, Ciro

    Viagem da mãe do deputado para os EUA custou R$ 12,6 mil. Ele não devolveu créditos aéreos,como disse, e sua assessoria atribui agora a erro da TAM registros que confirmam informações deste site

    Lembra da reação do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) ao ver a lista dos deputados federais que usaram a cota de passagens para voos internacionais, no último dia 22? “Leviana e grosseira mentira”,
    bradou Ciro no plenário, sob os aplausos dos colegas.
    “Ministério Público

    é o caralho”,

    ditou em seguida, para os jornalistas.

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