Nunca na história no Maranhão, os índices de violência foram tão alarmantes. Há um clima de insegurança em todo o Estado. Na capital, mata-se todo dia. Pelo menos dois corpos dão entrada diariamente no IML. O primeiro final de semana de 2010 foi um dos mais violentos. O ponto alto da violência registrou-se no bairro da Liberdade, onde três jovens foram mortos em confrontos de gangues. Depois do caldo derramado, a polícia ocupa todo o bairro. Até quando? Como aconteceu em outras vezes, no momento em que a vida voltar à rotina, os Pms abandonarão a comunidade. E os traficantes, geralmente integrantes dessas gangues, voltarão a aterrorizar. Talvez não seja só um confronte de gangues de delinqüentes. Pode ser a disputa por espaço entre grupos de traficantes.
A segurança pública é um dos pontos negativos do atual governo, mesmo com os investimentos em viaturas e equipamentos. Talvez a estratégia esteja errada. Obviamente que a policia não pode ser onipresente, não tem como adivinhar o momento em que os crimes serão praticados. Mas pode ser mais presente, com equipes de prontidão, 24 horas, nas áreas mais nevrálgicas e propícias a ocorrências de crimes. Ocupar áreas onde prolifera a violência, depois que vidas foram ceifadas, não resolve o problema. É apenas um paliativo, pois, em pouco tempo, depois da desocupação militar, haverá o recrudescimento da barbárie.
O remédio não é só polícia. O problema é social. Está na falta de oportunidades para uma juventude que prolifera na periferia sem acesso a uma educação profissionalizante, e excluída do mercado de trabalho. Sem perspectivas, desde cedo, muitos são adotados pelo tráfico. Além de investir no aparelho de segurança, faz-se necessário desenvolver políticas públicas voltadas para essa juventude. Sem isso, haja polícia para conter essa horda de perdidos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário