Redação Portal IMPRENSA
O jornalista cubano Guillermo Fariñas, em greve de fome há 22 dias pela libertação de 26 presos políticos, voltou a criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao acusá-lo de ser cúmplice na morte do militante Orlando Zapata Tamayo, morto após 86 dias de greve de fome. Na ocasião do falecimento de Zapata, Lula visitava a ilha e pediu respeito às leis do Governo de Raúl Castro.
"Greve de fome não pode ser utilizada como um pretexto de direitos humanos para libertar pessoas", disse Lula. "Imagine se todos os bandidos que estão presos em São Paulo entrassem em greve de fome e pedissem libertação", comparou.
Em entrevista a rádio Jovem Pan, na última terça-feira (16), o jornalista afirmou que Lula poderia ter se manifestado diante da morte de Zapata, em vez de corroborar o governo da ilha. "Considero que Lula é um assassino, ele poderia ter cancelado a visita a Cuba, mas não fez isso e preferiu negociar com o país". O dissidente avaliou a atitude de Lula como desrespeito à memória de Zapata.
Na semana passada, diante do pronunciamento de Lula sobre a prisão e morte de Zapata, Fariñas avaliou que Lula "demonstra comprometimento com a tirania dos Castro (Raúl e Fidel)".
Nesta quarta (17), o jornalista afirmou que, após deixar o hospital em que foi internado em razão do abaço de sua saúde por conta do protesto, manterá a greve de fome até "as últimas consequências".
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