Bertin foi assassinado a tiros |
Principal testemunha da execução de Raimundo
Bartolomeu Aguiar, o Bertin, ex-prefeito de Presidente Vargas, Pedro Pereira de
Albuquerque, o Pedro Pote, participou de audiência no Fórum de Ribamar na tarde
de ontem, segunda-feira, na condição de testemunha no processo da nova versão
para o crime.
De acordo com investigações, o crime teria
sido praticado por dois jovens que foram executados recentemente em Ribamar.
Outro envolvido seria um ex-policial assassinado no Coroadinho. Pedro Pote
continua afirmando que os autores foram três policiais militares lotados em
Vargem Grande e Presidente Vargas e que continuam em atividade.
Na opinião do deputado Domingos Dutra, que
acompanhou os depoimentos em Ribamar, os jovens mortos em Ribamar nada têm a
ver com o assassinato de Bertim. “Acredito que quem inventou essa nova versão
esteja tentando livrar a pele dos policiais apontados por Pedro Pote”, disse
Dutra.
Na condição de 2º vice-presidente da
Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, Domingos Dutra afirma que
Pedro Pote está sofrendo ameaças de morte por ser a única testemunha viva.
“Sugeri que ele entrasse no programa de proteção à testemunhas, mas Pedro Pote
não aceita por ter que mudar de cidade ou mesmo adotar nova identidade. Ele só
quer garantia de segurança para poder trabalhar normalmente”, afirma Dutra.
Quem também participou da audiência foi o
advogado criminalista João Damasceno, advogado da família de Bertim.
Em abril, Pedro Pote disse não conhecer os
novos acusados pelo crime
O ex-secretário de Esportes do município de
Presidente Vargas Pedro Pereira de Albuquerque, o “Pedro Pote”, foi submetido,
em abril, a mais um auto de reconhecimento dos acusados da morte do prefeito
Raimundo Bartolomeu Aguiar, o “Bertim”. Apesar do fechamento do inquérito
policial – que aponta o cabo da Polícia Militar, Paulo Sérgio dos Santos, e
Antônio de Jesus Sousa Gomes, o “Louro”, como participantes no crime –, Pedro
Pote manteve sua versão inicial, e afirmou não reconhecer os acusados. O
procedimento foi realizado na Delegacia de Homicídios de São Luís, e solicitado
pelo promotor de Justiça Antônio Augusto Nepomuceno.
“Eu estava ao lado de Bertim, quando o
mataram, e não vou mudar o meu depoimento, independente de qualquer coisa.
Nenhum destes homens estava lá. Eu também fui agredido, baleado e arrastado
para o mato, mas consegui sobreviver porque me fingi de morto. Como não poderia
reconhecer as pessoas que ceifaram a vida do prefeito na minha frente, e
tentaram fazer o mesmo comigo? O meu depoimento já está registrado, e é
puramente verdadeiro. As pessoas que mataram Bertim e tentaram me matar foram
os policiais militares Evangelista, Salgado e Serrão. Eles, sim, deveriam estar
aqui”, declarou o ex-secretário municipal.
Caso
Bertim
O prefeito Raimundo Bartolomeu Aguiar foi
assassinado na noite de 6 de março de 2007, entre os povoados Cigana e Leite,
em Itapecuru-Mirim. Acompanhado do então secretário de Esportes, Pedro Pote,
teve sua caminhonete S-10 prata fechada por um Gol branco, ocupado por quatro
homens. O prefeito foi atingido por tiros e facadas e arrastado para um
matagal. Da mesma forma, Pedro Pote também foi alvejado a tiros, e arrastado
para uma área de mata. Como sobreviveu, passou a ser a principal testemunha
ocular do crime, e ontem, reafirmou a participação dos PMs José Evangelista
Duarte Santos, Raimundo Nonato Gomes Salgado e Benedito Manoel Martins Serrão.
Na época do crime, os militares foram
denunciados pelo Ministério Público, por meio do promotor Benedito Coroba, e
reconhecidos por Pedro Pote como executores, porém, os mesmos continuam soltos.
Completos três anos do caso, ainda em
aberto, a família de Bertim continua a acreditar na versão do ex-secretário do
prefeito, sem descartar a possibilidade da participação de Paulo Sérgio e Louro
nas duas primeiras tentativas frustradas de execução, e a intervenção de
interesses políticos no andamento das investigações. “O caso só está enrolado
porque, se os verdadeiros culpados forem presos, muitos políticos de renome vão
ser descobertos”, declarou o irmão de Bertim, Francisco dos Santos Aguiar, 41
anos.
É inacreditável ainda saber que os verdadeiros assassinos foram soltos... será proteção por alguma parte superior?
ResponderExcluirUma morte com requintes de crueldade e uma vítima que também quase morreu...muito bárbaro!
O que se assiste: é o aumento da criminalidade e a certeza da impunidade
Como diria o Renato Russo: que país é este? Os assassinos estão soltos...
Se Antonio Louro e o cabo da policia militar não estão envolvidos porque eles deram com riqueza de detalhes como eles assasinaram o prefeito? É dificil uma pessoa jogar para se mesmo sem ter nada haver com o caso.
ResponderExcluirEles são os verdadeiros assassinos. Os policiais são inocentes e até hoje sofrem. Com tanta injustiça
Excluirna minha opinião os suspeitos da primeira versão,são concerteza enocentes,e tá na cara que esse secretário está inventando toda essa história,vo6 já param para pesar se o sgt evangelista,o soldado salgado,e o serrão,forem realmente enocentes,a enjustiça que vo6 estão cometendo com a família deles. pese nisso.
ResponderExcluirEsse secretário vaí pagar caro!
ResponderExcluirCom Deus não se brinca.