A eleição para governador do Maranhão gerou um novo líder para o segmento político que faz oposição ao grupo Sarney: Flávio Dino. Certamente não chegará a lugar nenhum sozinho, mas deverá ter o reconhecimento de outras lideranças como Roberto Rocha e Jackson Lago. Apesar do declínio político do pedetista, sua experiência e história ainda contam muito. Roberto Rocha também será importante nas articulações para as próximas eleições, apesar de ter ficado sem mandato.
Dino já havia mostrado ter cacife político ao disputar o segundo turno da eleição para prefeito da capital contra o tucano João Castelo. No segundo turno obteve 44% dos votos válidos. Selava seu passaporte para a disputa ao governo do Estado em 2010. Dino era a real preocupação do grupo Sarney, pois, uma vez no segundo turno, o comunista teria todas as condições de ser eleito governador.
Com os quase 30% dos votos em todo o Estado, Dino é forte candidato à sucessão de Roseana, em 2014. Antes, terá a oportunidade de chegar à Prefeitura de São Luís, daqui a dois anos. O que o credencia? Certamente a segunda colocação em São Luís, com 37,96% dos votos válidos, mais que o dobro da votação obtida pelo pedetista Jackson Lago (15,45%), três vezes prefeito da capital.
Dino será um páreo duro para o projeto de reeleição do prefeito João Castelo. Uma vez eleito prefeito, Dino teria dois anos para aumentar seu cacife eleitoral para disputar o governo do Estado.
Já o grupo Sarney tem uma opção para a disputa da Prefeitura: Luiz Fernando, atual prefeito de Ribamar, que teria que renunciar ao mandato um ano antes, transferindo seu domicílio eleitoral para São Luís. O deputado eleito Ricardo Murad, o quinto mais votado na capital, também poderia se viabilizar para a disputa.
Na pior das hipóteses, para tentar vencer na Ilha, o grupo da governadora poderia apoiar a reeleição do tucano João Castelo, principalmente se José Serra vencer no segundo turno. Nesse caso, Dino teria que enfrentar a máquina da Prefeitura e do Estado, reforçadas pelo governo federal.
Não se pode menosprezar, em hipótese alguma, o peso da governadora Roseana que conseguiu vencer em São Luís, reduto da oposição, com 43,24% dos votos válidos. Fazendo os investimento prometidos em campanha, Roseana terá cacife para tentar eleger alguém de seu grupo político.
São apenas cenários para 2012. Em qualquer um deles, Dino será o grande nome.
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