Rádio Voz do Maranhão

domingo, 27 de março de 2011

O CAOS EM SÃO LUÍS: Existem crateras até na rua da PAVETEC, empresa que tapa buracos. Veja o descaso em outros pontos da cidade

A empresa PAVETEC, que monopoliza as obras de asfaltamento em São Luís, não consegue resolver um problema que está na sua porta: a buraqueira na Rua paulo VI, no São Cristóvão. Essa é uma importante via de acesso à região do Conjunto São Raimundo.

Na manhã de sábado, 26, atendi a pedidos de ouvintes do programa “Comando da Noite”, e fui flagrar as dificuldades encontradas por motoristas, ciclistas e pedestres que passam diariamente pelo local. Enormes poças d´agua se formam nas crateras. Motoristas chegam a usar o acostamento para conseguir desviar da buraqueira.


A PAVETEC foi criada em abril de 2006 e, na administração Castelo, assumiu o monopólio das obras de asfaltamento da cidade.


Só em 4 meses de 2009, quando Castelo decretou emergência por conta da precariedade na infraestrutura de diversos bairros, a PAVETEC abocanhou mais de R$ 23 milhões (sem licitação) para servços de recapeamento asfáltico.

Os pagamento foram efetuados entres os dias 10 de setembro e 29 de dezembro de 2009. Nesse período, o governo Castelo realizou 13 pagamentos à PAVETEC (sem contar 4 estornos de estipêndios) relativos às 7 medições de obras realizadas pela SEMOSP. Confira a relação de pagamentos à empresa.
Pergunta-se: como a Prefeitura explica essa buraqueira em todos os bairros da cidade, depois de torrar R$ 23 milhões em obras de recapeamento de emergência?

CRATERA ESTÁ “ENGOLINDO” CASAS NA AV. OESTE EXTERNA NA CIDADE OPERÁRIA

Na manhã de sábado, 26, aproveitei para checar a situação de uma cratera que interditou a Av. Oeste Externa, no Conjunto Cidade Operária. Moradores relatam que a avenida está interditada há quase dois anos, sem que a Prefeitura adote qualquer medida para resolver o problema.

Com as fortes chuvas, a cratera aumenta a cada dia. Diversas casas já foram interditadas pela Defesa Civil. Partes de várias residência foram engolidas pela cratera.
“Estamos indignados com a falta de respeito por parte da Prefeitura. Isso causa um problema enorme para todos nós. As crianças e adolescentes para chegarem à escola, na Cidade Operária, têm que dar a volta por outra rua, onde assaltos acontecem diariamente. Estamos pensando em mobilizar os moradores para um protesto em frente à SEMOSP. Com isso, o Prefeito deve adotar alguma medida para fechar essa cratera”, diz Antônio, um dos moradores nas proximidades do abismo.



Segundo moradores, a cratera se formou por falta de manutenção na rede de galeria, que serve para escoamento de água pluvial da área da Cidade Operária para a reserva do Ibama.

As duas galerias entupiram e não houve trabalho de desobstrução. A cratera tem aproximadamente 2,5 metros de profundidade e 6 metros de largura.


RUA 31 DE DEZEMBRO, NA FORQUILHA, PODE SER CORTADA POR CRATERA

Ainda na manhã de sábado, passei pela Rua 31 de dezembro, na Forquilha, onde outra cratera ameaça cortar a via. O trânsito de veículo está prejudicado, porque não tem mais condiçoes de tráfego simultâneo, em sentido contrário.

A rua 31 de dezembro é importante via de ligação entre o Parque Sabiá/São Bernardo com o bairro da Forquilha. A cratera se formou à margem do “rio” Paciência, transformado em córrego de esgoto a céu aberto. Se nada for feito, além de interditar o trânsito, a cretera afetará a estrutura de algumas residências.


NO JARDIM SÃO CRISTÓVÃO, A AVENIDA 2 É A IMAGEM DO DESCASO

Aproveitei também para registrar o drama de motoristas que trafegam pela Avenida 2, no Jardim São Cristóvão. A via é um dos principais acessos de ônibus ao Terminal de Integração do São Cristóvão.

A buraqueira já interditou um trecho de aproximadamente 200 metros da via, obrigando veículos a trafegarem pela contra mão.

Algumas operações tapa buracos chegara a ser realizadas, mas, em poucos dias, o asfalto se desmancha, ficando só um grande volume de brita no local.
Além da avenida 2, as ruas 31 de dezembro, Haroldo Paiva e Nova Betel, no Jardim São Cristóvão I, têm trechos praticamente interditados pela buraqueira. O que mais deixa os moradores dessas regiões, é a falta de sensibilidade por parte da Prefeitura. O descaso já tem mais de um ano.

Seria necessário que o Ministério Publico iniciasse investigação sobre como está sendo gasto o dinheiro destinado às obras de infraestrutura e, principalmente, as relações da Prefeitura com a empresa PAVETEC.

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