quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Castelo 'privatiza' o coreto da Praça Deodoro, e população é obrigada a pagar R$ 1,00 para usar os banheiros



Assista ao vídeo mostrando a 'privatização' do coreto
Vista do Coreto
O coreto da praça Deodoro já está ‘privatizado’. A Prefeitura decidiu entregá-lo à Imobiliária Masa que deve, nos próximos dias instalar um stand de vendas na parte superior. No parte inferior, onde também se localizam os banheiros, já se nota a presença de pessoas contratadas pela imobiliária.
O negócio já está rendendo bons dividendos à imobiliária, através da cobrança de uma taxa de R$ 1,00 para uso dos banheiros do coreto. A arrecadação diária chega aos R$ 300,00. Sem alternativa, muitos terminam se sujeitando ao pagamento da taxa abusiva.

Na manhã desta quarta-feira, a reportagem do blog e do “Comando da Noite”, da Rádio Capital AM, foi checar como usuários desses banheiros estão reagindo à exigência de pagamento de R$ 1,00 por uso dos banheiros.
O "cobrador" fica na entrada dos banheiros

“Isso é uma falta de respeito com a população, com o público. Se é público, é público. Às vezes, a gente vem com grandes necessidades e não tem R$ 1,00 pra pagar. A gente vai fazer xixi no meio da rua?”, protesta uma senhora que foi impedida de usar o banheiro.
A amiga dela, também sem dinheiro, não pôde fazer suas necessidades fisiológicas. “É uma falta de respeito. Às vezes, estamos com muita precisão, ta com uma necessidade urgente, aí tem que pagar? Se não tiver R$ 1,00 real, o jeito é fazer cocô e xixi nas calças”, diz indignada com essa situação.

Ao ‘privatizar’ o coreto da Deodoro, a administração João Castelo mostra, mais uma vez, falta de competência para gerir a coisa pública. Acima de tudo, mostra falta de respeito com a população.

Por muito tempo o coreto funcionava como fossa a céu aberto, sem nenhum cuidado por parte da Prefeitura. A reivindicação da população era para que o município tomasse conta do local, disponibilizando algum tipo de serviço à população, além de liberar os banheiros para uso público, sem cobrança de taxas. Mostrando incapacidade para tomar conta de um espaço público, a prefeitura optou pela 'privatização'. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário