Rádio Voz do Maranhão

sexta-feira, 25 de maio de 2012

CLIMA DE TERROR: SET denuncia que ônibus da empresa 1001 é atingido por tiros durante treinamento de novos motoristas


Instrutores e motoristas em treinamento escapam da morte

Um dia marcado pelo medo e terror, e que quase levou à morte pais de famílias honestos, que só estavam tentando trabalhar para garantir o sustento dos seus.

Assim foi a manhã de sexta–feira (25.05) para dois experientes instrutores da empresa de transportes Expresso Rodoviário 1001 e mais dez motoristas e cobradores que estavam sendo treinados para assumir vagas na empresa em função da greve dos rodoviários; quando foram atingidos por uma bala disparada por dois homens que surgiram de repente de uma moto e efetuaram o disparo no vidro dianteiro do ônibus, que estava parado no Araçagy, na Avenida que liga à Praia.

Logo em seguida, surgiu outra moto com mais dois homens, que dessa vez atiram pedras na lateral do ônibus. O saldo foi o vidro da frente do veículo todo estilhaçado e a lateral danificada pelas pedras. Ninguém saiu ferido. Após o atentado, a polícia militar foi chamada ao local, e cedeu uma viatura para fazer a escolta do ônibus e dos profissionais até a garagem da empresa Expresso 1001 no bairro da Maioba.

O instrutor Gilberto Sell Fontes, de 56 anos conta que todos foram pegos de surpresa: “Estávamos com o ônibus parado na Avenida dando instruções aos candidatos em treinamento quando a moto parou na nossa frente. Eu estava em pé e bem atrás do vidro atingido, só não levei o tiro porque me virei para trás para responder a uma pergunta, foi quando a bala vazou o vidro, entrou no ônibus e saiu pela outra janela que estava aberta. Foi um verdadeiro milagre ninguém ter sido atingido”, explicou ele ainda bastante abalado.

O outro instrutor Ivanildo Monteiro de Sousa, 50 anos disse que em 22 anos de profissão nunca viu algo assim, e que vai comemorar a data do dia 25 como um novo aniversário, pois considera que nasceu de novo: “Uma coisa é defender os direitos da categoria, outra é colocar em risco a própria vida de um ser humano. Não sabemos quem fez esse atentado, mas não podemos concordar com atos como estes. Estamos todos abalados e sem motivação e coragem para continuar trabalhando nestas circunstâncias”, declarou Ivanildo.

O motorista Édson dos Santos Netos, 39 anos e desempregado há um mês estava entre os trainees na hora dos disparos e também ficou revoltado com o ato: “Preciso muito deste emprego e não vou desistir, mas pensar que meus 4 filhos poderiam estar sem pai agora é revoltante”, disse ele.

O Presidente do SET / Sindicato das Empresas de Transportes de São Luis José Luis Medeiros ficou consternado com a situação e declarou que nada justifica um ato tão extremo como este. Ele disse que apesar de continuarem as seleções e os treinamentos, no seu entendimento só será possível circular com os ônibus se houver garantia de segurança para os profissionais e também para a comunidade, tendo em vista que os novos rodoviários recrutados estão bastante amedrontados.

Informações da  Assessoria de Imprensa do SET

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