Rádio Voz do Maranhão

sábado, 12 de maio de 2012

Jornalista Isanilson Dias, de São Bento, é ameaçado de morte


do site da Fenaj

Isanilson Dias é ameaçado de morte
Em carta encaminhada à FENAJ, o jornalista Isanilson Dias, de São Bento (MA), denunciou ser alvo de fortes ameaças de morte. A Federação solicitou ao Sindicato dos Jornalistas de São Luís que interceda no caso, acionando as autoridades para garantir segurança ao profissional. A situação é preocupante, pois recentemente, também no Maranhão, o jornalista Décio de Sá foi assassinado.

Isanilson Dias apresenta o noticiário “Rádio Jornal” transmitido de segunda a sexta-feira, entre as 12h15 e as 13h30, na Rádio São Bento FM, e mantém o blog "http://www.isanilsondias.blogspot.com/". Segundo ele, as ameaças partem de aliados e seguidores do atual prefeito de São Bento, descontentes com as criticas e denuncias que o jornalista faz à administração municipal por irregularidades no uso de verbas federais e má gestão do serviço público.

O profissional conta que as ameaças são feitas através de telefonemas anônimos e de forma indireta. Registra que, em ligação mais recente para a Rádio, a ameaça foi mais contundente: - Pára de falar o que não deve ou teus dias estão contados. E relata, ainda, que as especulações na cidade são de que, além de matá-lo, seus algozes também tramam contra seus familiares com métodos como simulação de acidente automobilístico e seqüestro, entre outros.

A 1ª vice-presidente da FENAJ, Maria José Braga, manteve contato telefônico com Isanilson nesta quarta-feira (4/5). “Além de informá-lo que já comunicamos o caso ao Sindicato dos Jornalistas de São Luis, que se prontificou a auxiliar, orientamos o colega a imediatamente registrar boletim de ocorrência na polícia e procurar os órgãos de justiça”, conta. “Tais ameaças agridem os direitos constitucionais de liberdades de expressão e de imprensa, portanto são delitos que devem ser coibidos”, completa, defendendo ação imediata dos órgãos do estado para garantir segurança ao jornalista e seus familiares.

Assassinato do jornalista Décio de Sá

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados realizou nesta quinta-feira (10/5) diligência em São Luís, Maranhão, com objetivo de obter mais informações sobre o assassinato do jornalista Décio de Sá e buscar ajudar na elucidação do caso. O jornalista foi morto a tiros, no dia 23 de abril, em um bar da capital maranhense. Os autores e o motivo do crime ainda são desconhecidos.

O presidente da CDHM, Domingos Dutra (PT-MA), a primeira vice-presidente da comissão, Erika Kokay (PT-DF) e Severino Ninho (PSB-PE) fizeram contato com vereadores da cidade, integrantes da comissão de direitos humanos local, autoridades da área de segurança, do Ministério Público e do Poder Judiciário.

Há denúncias de supostas falhas na investigação e erros propositais na captura das pessoas que estão relacionadas direta ou indiretamente com o homicídio. Os parlamentares asseguraram que não deixarão o caso cair no esquecimento e os autores e mentores do crime ficarem impunes.

O que é isso companheiro?

A Federação Nacional dos Jornalistas, que emitiu nota oficial, juntamente com o Sindicato dos Jornalistas de São Luis-MA, sobre o assassinato de Sá, recebeu com estranhamento um “convite” assinado por entidades do Maranhão e divulgado em jornais e blogs sobre o quadro de violências e atentados aos direitos humanos no estado.

O documento, que expressa concordância “com as recentes declarações do jornalista Emilio Azevedo (da coordenação do Jornal Vias de Fato) dadas a ‘Rádio Brasil Atual’ e reproduzida no site da Fenaj”, aponta “uma aparente hesitação da federação em relação a este assunto e a estas opiniões”.

A Federação encaminhou a nota oficial "A FENAJ não hesita em combater a barbárie e defender as liberdades de expressão e de imprensa" às entidades signatárias. Informa da iniciativa tomada sobre o caso e que não desconhece toda sorte de violência que é cometida no Brasil contra povos e populações marginalizados pelo poder econômico. “A FENAJ apoia a luta dos indígenas, dos sem-terra, dos sem-teto, dos quilombolas, dos trabalhadores em geral, urbanos e rurais”, esclarece a nota, onde a Federação conclama a todas as entidades signatárias do documento a seguirem pressionando as autoridades públicas, exigindo uma rápida apuração do crime contra Décio Sá, com a identificação e punição dos culpados.

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