quinta-feira, 14 de junho de 2012

“Doa a quem doer, chegaremos a todos os envolvidos com essa organização criminosa”, afirma secretário de segurança do Maranhão


Vinte e quatro horas após a apresentação dos envolvidos no assassinato do jornalista Décio Sá, o secretário de segurança do Maranhão, Aluísio Mendes, voltou a falar sobre o andamento dos trabalhos. Destaca que todos os policiais envolvidos na “Operação Detonando” já estão diligenciando para tentar o oitavo envolvido no crime, o motociclista que deu fuga a Jhonatan Silva, o assassino do jornalista. Outras equipes estão debruçadas sobre os documentos que foram apreendidos com a quadrilha no intuito de identificar outros envolvidos com o bando.

Aluísio faz questão de destacar que a determinação da governadora Roseana Sarney é de descobrir todos os envolvidos com a organização criminosa. “Doa a quem doer, chegaremos a todos os envolvidos com essa organização criminosa que vinha se apropriando indevidamente de recursos públicos. Essa é a determinação da governadora”, disse Aluísio Mendes, deixando claro que, independente da patente política, quem estiver ligado á quadrilha deverá responder perante a justiça.

Entre os documentos apreendidos pela polícia estão talonários de bancos, assinados em branco; documentos de prefeituras de natureza sigilosa, que não poderiam estar com a quadrilha, além de processos licitatórios fraudados. “Essa quadrilha, além de emprestar dinheiro a gestores públicos, cobrando juros escorchantes, ainda se apropriava de recursos destinados à população”, afirma Aluísio.

Pelas informações, em anos de eleição, a ORCRIM contratava institutos de pesquisas para chegar o potencial de candidatos em diversos municípios. Com o resultado em mãos, os chefes da quadrilha faziam propostas para financiamentos de campanhas eleitorais. Se aceitassem, os possíveis eleitos deveriam ‘abrir as portas’ da Prefeitura para o bando agir livremente, fraudando licitações para fornecimento de material e merenda escolar, além de aluguel de máquinas pesadas para obras. O pretenso prefeito se tornaria, portanto, refém da organização criminosa.

Para Aluísio, essa quadrilha é a mais forte, poderosa e violenta, que já vinha agindo há uma década. Ele afirma que estão chegando informações da existência de outras quadrilhas que atuam no ramo da agiotagem e faz questão de avisar que todas elas serão investigadas e os envolvidos responderão por seus atos. “Esses grupos organizados estão sangrando os cofres da União, de municípios e de Estado. Temos que dar um basta nisso”, finaliza Aluísio Mendes.

Texto publicado também no http://www.meionorte.com/saoluis

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