Vinte e quatro horas após a apresentação
dos envolvidos no assassinato do jornalista Décio Sá, o secretário de segurança
do Maranhão, Aluísio Mendes, voltou a falar sobre o andamento dos trabalhos.
Destaca que todos os policiais envolvidos na “Operação Detonando” já estão
diligenciando para tentar o oitavo envolvido no crime, o motociclista que deu
fuga a Jhonatan Silva, o assassino do jornalista. Outras equipes estão
debruçadas sobre os documentos que foram apreendidos com a quadrilha no intuito
de identificar outros envolvidos com o bando.
Aluísio faz questão de destacar que a
determinação da governadora Roseana Sarney é de descobrir todos os envolvidos
com a organização criminosa. “Doa a quem doer, chegaremos a todos os envolvidos
com essa organização criminosa que vinha se apropriando indevidamente de
recursos públicos. Essa é a determinação da governadora”, disse Aluísio Mendes,
deixando claro que, independente da patente política, quem estiver ligado á
quadrilha deverá responder perante a justiça.
Entre os documentos apreendidos pela
polícia estão talonários de bancos, assinados em branco; documentos de
prefeituras de natureza sigilosa, que não poderiam estar com a quadrilha, além
de processos licitatórios fraudados. “Essa quadrilha, além de emprestar
dinheiro a gestores públicos, cobrando juros escorchantes, ainda se apropriava
de recursos destinados à população”, afirma Aluísio.
Pelas informações, em anos de eleição, a
ORCRIM contratava institutos de pesquisas para chegar o potencial de candidatos
em diversos municípios. Com o resultado em mãos, os chefes da quadrilha faziam
propostas para financiamentos de campanhas eleitorais. Se aceitassem, os
possíveis eleitos deveriam ‘abrir as portas’ da Prefeitura para o bando agir
livremente, fraudando licitações para fornecimento de material e merenda
escolar, além de aluguel de máquinas pesadas para obras. O pretenso prefeito se
tornaria, portanto, refém da organização criminosa.
Para Aluísio, essa quadrilha é a mais
forte, poderosa e violenta, que já vinha agindo há uma década. Ele afirma que
estão chegando informações da existência de outras quadrilhas que atuam no ramo
da agiotagem e faz questão de avisar que todas elas serão investigadas e os
envolvidos responderão por seus atos. “Esses grupos organizados estão sangrando
os cofres da União, de municípios e de Estado. Temos que dar um basta nisso”,
finaliza Aluísio Mendes.
Texto publicado também no http://www.meionorte.com/saoluis
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