Rádio Voz do Maranhão

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Depois de chamar colegas de ‘ladrões’, Mário Couto é cobrado a dar nomes

Tucano repetiu declarações, mas não citou casos específicos


Senador Mário Couto (PSDB-PA)AGÊNCIA O GLOBO / AILTON DE FREITAS

BRASÍLIA - Um dia depois de chamar, na tribuna do Senado, os parlamentares de "ladrões" , o senador Mário Couto (PSDB-PA) foi instado na tarde desta quarta-feira, também em plenário, a dar nomes. O tucano reafirmou que colegas teriam enriquecido de forma ilícita, mas não citou casos específicos e disse que, se quiserem, podem cassar seu mandato.


- Dizer nome, nem preciso. Não citei nomes pelas regras do regimento interno, não por covardia. Se quiserem me cassar, cassem - disse Couto.


- Isso é coerência de um senador que quer limpar essa Casa. Não me permito conviver aqui com senadores que sei que a desigualdade econômica é muito alta em relação a outros que vivem com dificuldade, como eu.

O tucano declarou patrimônio de R$ 598 mil à Justiça Eleitoral em 2006. E ele enfrenta um inquérito no STF, que apura a ocorrência de supostos crimes eleitorais. E é alvo de ações civis públicas, movidas pelo Ministério Público Estadual, para ressarcimento de supostos danos causados ao erário e responsabilização por improbidade administrativa, por supostos desvios de recursos da Assembleia Legislativa do Pará quando ocupou a presidência da Casa (2003-2007).

Couto foi cobrado a dar nomes pelos senadores Pedro Taques (PDT-MT), Ana Amélia (PP-RS) e Eduardo Suplicy (PT-SP).

- São dezenas ou centenas de parlamentares que estão aqui cheios de processos nas costas. Está escrito na testa: ladrão. Estão ricos porque roubaram do povo - afirmou Couto, ontem.


O Globo

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