A Rádio Educadora do Maranhão,
pertencente à Igreja Católica, passa por uma de suas piores crises financeiras.
Todos os funcionários não recebem salários há 17 meses. Para muitos, que não
têm outras fontes de renda, a situação é de penúria.
-- Muitos, principalmente apresentadores
e repórteres, têm assessorias em órgãos públicos e não sentem muito por esse
atraso. No entanto, tem outros funcionários, como técnicos e administrativos,
que não têm de onde tirar para garantir o
sustento da família. Alguns ficam felizes quando recebem uma cesta básica de alguém
-- disse um funcionário que preferiu não ter seu nome revelado.
Pelas informações, a direção da emissora
já teria buscado uma solução junto ao Arcebispo de São Luís, Dom Belisário da
Silva, mas ele afirmara que não tem como ajudar, financeiramente, a emissora.
-- Se a Arquidiocese não tem condições
de ajudar, como vai ficar a situação? Será que vão ter que vender a emissora
para pagar as dívidas? – indaga o funcionário.
Essa complicação financeira teria sido
provocada pelo atraso nos pagamentos de propaganda institucional por parte do
Governo do Estado e da Prefeitura de São Luís, os maiores patrocinadores de
veículos de comunicação.
Para o funcionário contatado pelo blog,
a solução seria entregar a gestão a Rádio Educadora a um grupo de empresários
ou mesmo procurar um acordo com o prefeito Edivaldo Holanda Júnior para que
pague tudo o que Prefeitura de São Luís
deve à Prefeitura.
-- Sem a ajuda do poder público, não sei
se a direção da emissora encontrará uma solução milagrosa para essa crise
financeira. Até quando vamos ter condições de esperar por melhores dias para a
rádio? Já estamos no limite de nossas forças! – finaliza o funcionário
contatado pelo blog.
Meu Comentário:
Rogo a Deus para que os dirigentes da Rádio Educadora encontrem uma solução urgente para essa crise financeira. A Educadora tem uma larga folha de serviços prestados ao povo maranhense e não merece o tratamento que a própria cúpula da Igreja Católica dispensa à emissora. Tem sido instrumento na formação do cidadão, de promoção da cidadania, contribuindo para o formação de uma consciência crítica.
No radiojornalismo, a Educadora já viveu tempos memoráveis, como na cobertura da CPI do Crime Organizado no Maranhão, na década de 1990, feito que serviu para fortalecer, ainda mais, o rádio AM no Estado.
A situação financeira da emissora do clero só chegou a esse ponto por causa de administrações desastrosas, principalmente a atual, que não teve habilidade suficiente para buscar solução para os problemas, antes que se avolumassem. Somente uma intervenção séria de própria Igreja poderá ajudar a emissora a sair desse crise.
Outra alternativa é deflagrar uma campanha de ajuda junto aos católicos de todas as paróquias para que façam depósitos de valores na conta da emissora. Tenho a certeza que essa campanha, coordenada pelos párocos, poderia render um bom dinheiro, o que ajudaria a amenizar o sofrimento dos trabalhadores.
Teço esse comentário na condição de um profissional que passou bons momentos à frente de programas jornalísticos na Educadora, o que ajudou na constituição de uma marca como um profissional engajado na defesa dos menos favorecidos.
Afinal, a quem interessa o enfraquecimento e possível silêncio da Educadora?
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