Rádio Voz do Maranhão

quarta-feira, 6 de março de 2013

Bruno diz que corpo de Eliza foi esquartejado e jogado aos cachorros

O Estado de S. Paulo

O goleiro Bruno, chorando, acaba de admitir que sabia que Eliza foi morta no dia 10 de junho de 2010. Ele contou que ela havia sido morta por Macarrão na noite do dia 10 de junho de 2010. “No momento que ele falou comigo eu fiquei desesperado, chorei muito. Fui até o Macarrão e perguntei o que você fez, cara? Não tinha necessidade, não”. Macarrão disse que ela estava atrapalhando demais, atrapalhando os meus projetos. Naquele momento eu senti medo”.

Aos prantos, Bruno disse que Macarrão não falou como ela tinha sido executada. “Mas eu cheguei perto do Jorge e perguntei como tinha acontecido. O Jorge falou comigo que o Macarrão foi até o Mineirão, e conversou com uma pessoa no orelhão, e naquele momento começou a seguir um cara de moto até uma casa na região de Vespasiano e lá entregou Eliza para um rapaz chamado Neném”, afirmou Bruno. E que lá um rapaz perguntou para Eliza se ela era usuária de drogas, chorou a mão dela e pediu que Macarrão amarrase as mãos dela para frente, e deu uma gravata nela. E o Macarrão pegou e ainda chutou as pernas de Eliza. Foi o que o Jorge me falou. E que ainda tinha esquartejado o corpo dela, tinha jogado o corpo dela para os cachorros comerem”.

“O rapaz foi até um porão e pegou um saco preto e perguntou se eles queriam ver o resto e eles pegaram e saíram desesperado”. Aí os meninos falaram que não queriam ver nada, e foram embora com o Bruninho.

Bruno se contradisse quando falou sobre José Lauriano, o policial Zezé que está sendo investigado por envolvimento no crime. Ele admitiu conhecê-lo”, e que ele era empresário de um grupo de pagode chamado “Neguinho”. “Eu o conheci através do Luiz (Henrique, o Macarrão) e comecei a conviver, no final de 2009, excelência”. O goleiro admitiu que ele já foi a seu sítio “umas duas vezes”, e não eram ocasiões de festas. Porém, ele disse que banda dele havia tocado no sítio “mais de duas vezes”.

Perguntado se sabia que Eliza seria executada, Bruno disse: “Eu não mandei, mas eu aceitei”. Afirmou que, posteriormente, Macarrão revelou que havia contratado Marcos Aparecido, Bola, para que ele matasse Eliza. Apelido que ele só ficou sabendo pela imprensa. “Pelo Macarrão e Jorge fiquei sabendo dele apenas como Neném”, afirmou.

Questionado sobre a promessa de um apartamento para Eliza, ele confirmou, mas disse que foi em ocasião anterior, quando negociavam a pensão da criança.

“Quando eu tratei desse assunto com a Eliza, eu disse que esse apartamento seria comprado em Minas. Ela queria olhar apartamento aqui, sim, até porque eu dei o dinheiro para ela”.
“Mas o senhor disse que o dinheiro era para outra coisa…”, questionou a juíza Marixa. “Realmente era para outra coisa”, confirmou Bruno.

Neste momento, o promotor Henry Vasconcelos faz seus questionamentos a Bruno, que se mantém em silêncio, Na abertura da sessão, o advogado do goleiro já havia dito que ele só responderia às questões da juíza e da defesa.

Antes de revelar sua versão sobre como ficou sabendo da morte de Eliza, Bruno contou como foi a ida de Eliza para Minas Gerais. Segundo ele, depois de fazer ele mesmo um curativo no ferimento dela, conversaram sobre a pensão e a modelo disse ter negociado com Macarrão que receberia R$ 50 mil.

Ela falou que tinha feito acordo com Macarrão para pegar certa quantia, R$ 50 mil. Bruno disse que não tinha R$ 50 mil. “Eu disse a ela que teria R$ 30 mil, mas não tinha problema que eu depositava na segunda-feira”. E ela não aceitou e teria dito: “Eu já conversei com Macarrão e eu sei que vocês têm dinheiro. Então eu vou com vocês para Minas Gerais para receber o dinheiro”, relatou. “Contra minha vontade ela foi para Minas Gerais”, disse o goleiro à juíza.

Segundo Bruno, ficou acertado que ele pagaria a Eliza na segunda-feira, e que o dinheiro já estava no sítio em espécie, para bancar a despesa do time 100% a uma viagem no Rio de Janeiro.

Questionado pela juíza sobre por que não deu o dinheiro logo a Eliza, resolvendo o problema, ele respondeu: “Eu poderia passar esse dinheiro, mas o Luiz Henrique tinha que levar a BMW, que era emprestada. Ele foi às 6h da manhã na segunda-feira com a Fernanda. Ele ia aproveitar para sacar o dinheiro da minha conta e trazer para que pudesse passar o dinheiro a Eliza. E nesse tempo Eliza ficou no sítio como hóspede”.

Segundo Bruno, Macarrão ficou no Rio até quarta-feira “resolvendo outros problemas” que ele não soube dizer quais, e organizando a festa do time 100%. “No mesmo dia ele passou o dinheiro para minhas mãos e eu passei o dinheiro para Eliza”. Bruno disse que ela estava super à vontade na casa dele. E ela sabia que nós voltaríamos para o Rio na sexta-feira.

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