Gilberto Lima
Tem um dito popular que pode ser
aplicado ao atual momento da comunicação do governo do Maranhão: “quem come do
meu pirão, experimenta do meu cinturão”. É assim que vem agindo o jornalista Sérgio
Macêdo, uma espécie de censor-mor do governo do Maranhão.
Há muito tempo fala-se do modus operandi
do dito cujo quando o assunto é perseguir profissionais da comunicação que se
recusam a seguir a cartilha do governo. À época da morte do radialista Tony
Castro, então repórter da Rádio São Luís AM, chegou-se a dizer que o secretário
teria ‘pedido a cabeça’ do repórter à direção da emissora. Esse era o assunto dominante
nas rodas de conversa no velório de Tony Castro. Em consequência da demissão, o
radialista teria entrado em depressão e piorado do diabetes, com complicações
diversas que o levaram à morte, depois de internação no Hospital do Servidor.
Um determinado radialista da mesma Rádio
São Luís sempre reclama de pressões do secretário pra cima da direção da
emissora, quando o mesmo emite alguma opinião desfavorável ao governo. Em
alguns momento, para aliviar as pressões, mesmo contra a vontade, o radialista
chega a fazer elogios ao governo.
Na semana passada, o jornalista
Clodoaldo Corrêa, de O Imparcial, sentiu na pele as ‘chicotadas’ do censor-mor.
Por publicar uma matéria que revelara subterrâneos da comunicação governista,
Clodoaldo teve seu blog censurado no site de O Imparcial. O matutino freiriano
teria sido forçado a tomar tal decisão atendendo a pressões do censor-mor. Até
o momento, o jornal não explicou o porquê de censurar o blog de seu jornalista.
Humilhado, mas de consciência tranquila e de cabeça erguida, Clodoaldo Corrêa deve lançar um blog independente, onde pretende, inicialmente, mostrar mais ‘podres’
da comunicação palaciana.
O certo é que todos os veículos de
comunicação, que ‘comem do pirão macedino’, estão sujeitos a esse tipo de
pressão. A ordem geral é: nada de emitir opiniões desfavoráveis ao governo do
Estado, sob risco de ficar desempregado. Até quando conviveremos com essa ditadura? Quantas cabeças ainda vão
rolar a pedido do todo-poderoso Sérgio Macêdo?
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