quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Censor-mor do governo do Maranhão persegue profissionais de comunicação que não aceitam rédeas


Gilberto Lima

Tem um dito popular que pode ser aplicado ao atual momento da comunicação do governo do Maranhão: “quem come do meu pirão, experimenta do meu cinturão”. É assim que vem agindo o jornalista Sérgio Macêdo, uma espécie de censor-mor do governo do Maranhão.

Há muito tempo fala-se do modus operandi do dito cujo quando o assunto é perseguir profissionais da comunicação que se recusam a seguir a cartilha do governo. À época da morte do radialista Tony Castro, então repórter da Rádio São Luís AM, chegou-se a dizer que o secretário teria ‘pedido a cabeça’ do repórter à direção da emissora. Esse era o assunto dominante nas rodas de conversa no velório de Tony Castro. Em consequência da demissão, o radialista teria entrado em depressão e piorado do diabetes, com complicações diversas que o levaram à morte, depois de internação no Hospital do Servidor.

Um determinado radialista da mesma Rádio São Luís sempre reclama de pressões do secretário pra cima da direção da emissora, quando o mesmo emite alguma opinião desfavorável ao governo. Em alguns momento, para aliviar as pressões, mesmo contra a vontade, o radialista chega a fazer elogios ao governo.

Na semana passada, o jornalista Clodoaldo Corrêa, de O Imparcial, sentiu na pele as ‘chicotadas’ do censor-mor. Por publicar uma matéria que revelara subterrâneos da comunicação governista, Clodoaldo teve seu blog censurado no site de O Imparcial. O matutino freiriano teria sido forçado a tomar tal decisão atendendo a pressões do censor-mor. Até o momento, o jornal não explicou o porquê de censurar o blog de seu jornalista. Humilhado, mas de consciência tranquila e de cabeça erguida, Clodoaldo Corrêa deve lançar um blog independente, onde pretende, inicialmente, mostrar mais ‘podres’ da comunicação palaciana.

O certo é que todos os veículos de comunicação, que ‘comem do pirão macedino’, estão sujeitos a esse tipo de pressão. A ordem geral é: nada de emitir opiniões desfavoráveis ao governo do Estado, sob risco de ficar desempregado. Até quando conviveremos com essa ditadura? Quantas cabeças ainda vão rolar a pedido do todo-poderoso Sérgio Macêdo?

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