A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira(09), a "Operação Luto" com o objetivo de prender 11 envolvidos em fraudes em atestados de óbitos para apropriação de dinheiro dos cofres da Previdência. Pelas informações, a quadrilha já teria desviado R$ 5,7 milhões. Os mandos de prisão estão sendo executados nas cidade de Santa Inês e Santa Luiza, no Maranhão.
Confira a Nota divulgada pela Superintendência da PF no Maranhão:
OPERAÇÃO
LUTO
NOTA
À IMPRENSA
A Força-Tarefa
Previdenciária no Estado do Maranhão, composta pelo Departamento de Polícia
Federal, Ministério da Previdência Social e Ministério Público Federal, com a
finalidade de reprimir a prática de crimes previdenciários, deflagrou na manhã
desta sexta-feira, dia 09 de agosto de 2013, a Operação Luto.
A Operação teve como
finalidade o cumprimento de 11 (onze) mandados judiciais de busca e apreensão expedidos
pela 2ª Vara Criminal da Seção Judiciária Federal do Maranhão, requeridos pela
Polícia Federal, com parecer favorável da Procuradoria da República, executados
nas cidades Santa Inês/MA e Santa Luzia/MA.
As investigações,
iniciadas em 2008, levaram ao desbaratamento de uma quadrilha de fraudadores contra
o INSS, atuante na região de Santa Luzia do Tide/MA e Santa Inês/MA, com
participação efetiva de servidores da autarquia previdenciária, responsáveis
pela habilitação e concessão indevida de benefícios previdenciários; de
dirigentes de sindicatos dos trabalhadores rurais, a quem cabia a montagem dos
“processos” de requerimento de benefício com documentação adulterada; e de terceiros
colaboradores, que auxiliavam os despachantes no aliciamento de segurados e na
falsificação documental.
Os investigados
deverão cumprir imediatamente medidas cautelares diversas da prisão, previstas
no artigo 319 do Código de Processo Penal.
Estiveram
envolvidos na execução da operação 46 policiais federais e 01 técnico do Ministério
da Previdência Social.
Através de
levantamentos preliminares, o prejuízo aos cofres públicos inicialmente
detectado é de R$ 5.750.080,20 (cinco milhões, setecentos e cinquenta mil e
oitenta reais e vinte centavos), levando-se em consideração apenas os fatos
apurados até o presente momento.
O título da
Operação Luto foi escolhido por alusão ao modus
operandi da quadrilha, que na maioria das vezes alterava a data do óbito do
segurado para fins de colher efeitos financeiros retroativos indevidos quando
do saque da primeira parcela do benefício de pensão por morte, obtido
fraudulentamente.
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