Eis que aconteceu de novo. Mais mortes bárbaras, decapitações, horror. Já se vão dezenas de mortes neste ano de 2013 em estabelecimentos prisionais do Maranhão. São pessoas. Têm família. Pais, mães, esposas, filhos. É desumano reduzi-los ao rótulo de "criminosos".
E há que se perguntar: já haviam sido julgados, com sentença transitada em julgado ? Cometeram crimes graves ? Ou eram apenas vítimas da falta de uma adequada defesa técnica ? Não sei, não sabemos. E mesmo que fossem, de fato, criminosos "perigosos", há o que justifique tanto horror ?? Acaso não existem Constituição e leis ? Na verdade, o que se passa em Pedrinhas é a dose mais elevada e concentrada do que assistimos cotidianamente.
Basta olhar ao redor para ver que o Maranhão está sem governo, sem comando. E os males vão se sucedendo. A cada indicador social que é divulgado, o Maranhão figura em último ou penúltimo lugar. Denúncias de corrupção institucionalizada como método rotineiro ecoam na Assembléia e na sociedade. Homens e mulheres são assassinados diariamente, compondo centenas de homicídios por todo o Estado.
Em Pedrinhas, quase que mensalmente, pessoas cumprem uma estranha pena de decapitação. Não, isso não é normal. Em um mês tão especial, lembremos que Cristo evitou que "criminosos perigosos" fossem torturados e mortos. "Quem nunca errou, que atire a primeira pedra..." Recuso-me a ver a repetição desses acontecimentos como "normais" ou "fatalidades" (briga de bandidos...). Recordo Hannah Arendt, referindo-se ao nazismo, falando da "lição que este longo curso da maldade humana ensinou - A LIÇÃO DA TEMÍVEL BANALIDADE DO MAL, QUE DESAFIA AS PALAVRAS E OS PENSAMENTOS."
Realmente lamento muito tudo isso.
É muita barbaridade!! Oo
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