Gilberto Lima
A governadora Roseana Sarney nem
precisava falar para demonstrar que não consegue segurar a irritação por conta
da pressão da mídia nacional e internacional diante do quadro dantesco e horripilante do sistema prisional que expõem as
vísceras do estado do Maranhão, um dos mais pobres do país. Mesmo assim, a
governadora diz que o aumento da violência é porque o estado
está mais rico.
A explosão da mandatária veio quando uma repórter da
Folha de São Paulo questionava o ministro da Justiça sobre o silêncio da
presidente Dilma Rousseff sobre as mortes de presos no Estado e se essa atitude
tem relação com a aliança política do PT e do Planalto com o PMDB e a família
Sarney.
“[Interrompendo a pergunta] olha, a
família, só um minuto, ministro. Quero dizer uma coisa a vocês: isso não existe
como família. Eu sou a governadora, eu sou Roseana Sarney. Meu sobrenome é
Sarney. Mas eu sou uma pessoa que tenho passado, presente e, se Deus quiser,
terei futuro.”
A governadora completou, em tom de
desabafo: “Isso não é a família. E quem está mandando aqui não é a família.
Quem está no governo sou eu, que fui eleita em primeiro turno pelo povo
maranhense. Assim como representei o Maranhão no Congresso Nacional. Fui
deputada e senadora”.
As imagens da governadora, ao longo de
todo a coletiva, mostram seu desconforto com a situação. Na reportagem exibida
no Jornal da Globo de quinta-feira(09), Roseana apareceu enquadrada no momento
em que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, explicava pontos do plano
de emergência para conter a onda de violência. Durante todo o tempo, ela
aparece de cara fechada, como se estivesse irritada. Cara de poucos amigos. Essa irritação veio à tona
quando ela interrompeu o ministro para espinafrar a repórter da Folha.
Uma mostra de falta de equilíbrio
emocional para continuar governando o Maranhão. Se é que um dia ela governou
alguma coisa.
Estado rico de desproteção social: sem educação, sem saúde, desemprego, sem infraestrutura, sem segurança.
ResponderExcluirEstado rico de corruptos, miseráveis.