Gilberto Lima
“O rebanho unido, deixa o leão com fome”.
Essa foi uma das tantas palavras de ordem usada pelos PMs durante as assembleias
realizadas no acampamento montado no estacionamento da Câmara Municipal de São
Luís. Traduz bem a disposição de resistir às pressões emanadas do governo
Roseana Sarney que tentou acabar com o movimento de paralisação da polícia
usando da intimidação e de ameaças. Mesmo com prisões de policias e até ameaças
de instauração de IPM, os policiais se mantiveram unidos e dispostos a lutar
bravamente pelos seus direitos.
Observando que as medidas punitivas eram
inócuas, somente servindo de combustível para o fortalecimento do movimento, o
governo resolveu incumbir ao senador João Alberto a missão de abrir um canal de
negociação com os grevistas. João Alberto, para quem não sabe, tem o controle
do comando da PM, sendo uma espécie de ‘comandante informal’ da corporação.
Numa primeira rodada de negociação, as
propostas do senador foram rechaçadas pelos policiais. Nesta
sexta-feira(04) as partes chegaram a um entendimento, com as novas propostas
acatadas pelos grevistas. As principais conquistas foram a anistia para todos
os que participaram da greve, a jornada de 40h, além de índices salariais que
vão representar um aumento de até R$ 700,00 no contracheque dos policiais.
“Não conseguimos avançar na questão dos
18% de aumento salarial, mas vamos continuar buscando isso. O que conseguimos
nessa luta foi importante para os policiais. Saímos desse movimento,
vitoriosos. É uma resposta àqueles que tentaram desqualificar o movimento
legítimo dos PMs. Não nos abatemos diante das perseguições do governo’, disse
um policial.
Na verdade, o governo passou a se
preocupar com a greve porque poderia começar a repercutir nacionalmente, com a
vinda da comissão de direitos humanos da Câmara para ajudar na busca por uma
solução para o impasse. Essa vinda da comissão de direitos humanos da Câmara
iria atrair a atenção os holofotes da mídia nacional. Uma nova exposição
negativa do governo, depois do bombardeio por conta da crise no sistema
penitenciário.
Os policiais militares venceram a
prepotência e arrogância do governo com muita firmeza, sem se abater com as
prisões do soldado Leite e do coronel Francisco Melo. Atitudes arbitrárias que
serviram de combustível para o fortalecimento do movimento, não somente em São
Luís, mas em diversas cidades do Maranhão, como Imperatriz e Timon.
Que Roseana Sarney, que decidiu
continuar até o fim do mandato, entenda, de uma vez por todas, que o regime
ditatorial ficou para trás. Vivemos em uma democracia e que, assim sendo, os
conflitos devem ser resolvidos à base do diálogo. Infelizmente, a oligarquia acha
que pode tudo e que não deve respeitar o estado democrático de direito.
Abaixo a prepotência e a arrogância desse
governo antidemocrático e autoritário! Parabéns aos bravos guerreiros,
policiais militares, que fizeram o leão se ajoelhar.
Belíssima postagem Gilberto disse tudo, e parabéns aos bravos pms do Maranhão, que sirvam de exemplo aos demais policiais de todo o Brasil.
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