Veja documentos da Justiça sobre a vida pregressa de Luiz Moura, da Assembleia Legislativa de São Paulo
por Fernando Gallo e Fausto Macedo
O Estado de S. Paulo
Pegou 12 anos de condenação, confessou uso de drogas. Ficou pouco mais de um ano e meio na prisão e evadiu-se.
Em 2005, a Justiça concedeu-lhe a reabilitação, tendo em vista “o bom comportamento, tanto público como privado” – tecnicamente, a Justiça limpou sua ficha criminal abrindo-lhe a porta inclusive para a aventura no mundo da política. Elegeu-se parlamentar pelo PT em 2010.
Nesta quinta feira, 22, ele afirmou que que “graças a deus nunca teve ligação com nenhuma facção criminosa”.
Moura disse que “nunca ouviu falar, nunca teve contato” com o ladrão de bancos Carlinhos Alfaiate, que foi preso pela Polícia Civil de São Paulo no dia 17 de março durante reunião na garagem da Cooperativa Transcooper.
O parlamentar estava presente a essa reunião.
Em entrevista exclusiva ao Programa do Datena, na TV Bandeirantes, Moura declarou que sua “bandeira é o transporte público” e que foi convidado para a reunião na rua Flores do Piauí, em Itaquera, extremo Leste da Capital, endereço da cooperativa.
A Polícia conduziu 42 pessoas que estavam no local para a sede do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC). O parlamentar não foi levado para o DEIC.
A Polícia suspeita que o grupo estava reunido para planejar crimes. Um inquérito está em curso para investigar a facção PCC por ataques a ônibus na periferia de São Paulo.
O deputado diz que foi convidado para discutir campanha salarial e reajuste dos cooperados. “Participei de diversas reuniões, fui convidado por diretores da garagem para poder fazer a interlocução entre a Prefeitura da cidade de São Paulo, o secretário (dos Transportes, Jilmar Tatto), o prefeito Fernando Haddad e as permissionárias e concessionárias prestadoras de serviço público”, afirma o deputado petista.
Segundo ele, o encontro “era justamente com relação à greve, para não ter essa greve na cidade de São Paulo que deixou mais de 2 milhões de trabalhadores a pé pela falta de ônibus.”
“Eu estava prestando um serviço para a população da cidade de São Paulo, fazendo com que não houvesse greve, dialogando com a categoria. E não teve greve na zona Leste”, argumenta o petista.
Moura diz que o “colocaram num imbróglio por uma questão política”.
“Realmente chegou a Polícia. Mas não existiu nenhum ilícito criminoso dentro dessa cooperativa As pessoas foram (para o DEIC) na condição de averiguados. Não fui até a delegacia e os policiais nem me convidaram para ir até essa delegacia. Graças a deus nunca tive ligação com nenhuma facção criminosa. Isso posso falar com a maior tranquilidade do mundo.”
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