terça-feira, 3 de junho de 2014

Uma constatação: A greve é política

Gilberto Lima

Diante da radicalização dos empresários do transporte coletivo, tenho dito no programa “Comando da Noite”, na Rádio Capital AM, que a greve do setor tem cunho político. Os maiores interessados na continuidade desse movimento paredista são os empresários que colocam ‘faca na garganta’ do prefeito exigindo aumento de tarifa e o repasse de R$ 4 milhões mensais para manutenção do sistema. Diante da reação do prefeito Edivaldo, que decidiu não reajustar tarifas, nem repassar dinheiro ao caixa das empresas, os ‘donos do sistema’ resolveram endurecer o jogo. Podem estar a serviço daqueles que trabalham para enlamear a imagem do prefeito e, por extensão, atingir o pré-candidato ao governo do estado, o comunista Flávio Dino.

Para essa gente, quanto pior, melhor. Eles querem a desgraça da administração municipal achando, com isso, que estarão ajudando ao pré-candidato da oligarquia. Cabe ao prefeito continuar determinado a peitar esses empresários que se acostumaram a sangrar os cofres públicos para aumentar seus lucros. Se o sistema opera no vermelho há muito tempo, porque nenhuma empresa devolveu linhas à prefeitura ou mesmo fechou as portas? Qual o empresário que insiste em continuar em um negócio que dá prejuízo.

Na verdade, esses empresários podem estar querendo barrar o processo de licitação de todo o sistema, que poderá abrir as portas para empresas melhor estruturadas e que tenham condições de prestar um serviço de qualidade à população.

Acredito que é chegado o momento de o prefeito Edivaldo dá um murro na mesa e mostrar que não tolera essa chantagem de empresários. Basta que decrete emergência no sistema de transporte e abra uma licitação emergencial para contratação imediata de outras empresas, até que seja feita a licitação em meados de janeiro de 2015. Simples. Basta ter coragem para mostrar que a cidade tem comando e que não aceita esse ‘controle’ por parte de empresários inescrupulosos. Qualquer medida mais drástica a ser adotada pelo prefeito, terá o respaldo da população.

Nessa linha, de mostrar que há ‘algo mais’ nessa greve, aproveito para destacar o editorial do Jornal Pequeno, desta terça-feira(03), sobre a possibilidade de o movimento ser político, estimulado por adversários do prefeito Edivaldo e do pré-candidato ao governo, Flávio Dino(PCdoB).

Um comentário:

  1. Gilberto, o mais interessante e que ninguém comenta, não vi nada em nenhuma mídia, é que se a greve é do transporte público de São Luís, Por que o transporte público de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa também estão parados? Por que só se cobra ação do prefeito ludovicence e não se exige alguma uma atitude dos demais prefeitos da ilha?

    ResponderExcluir