Gilberto Lima
Tenho dito que o governo Roseana
continua sem controle do Complexo Penitenciário de Pedrinhas. As facções
criminosas ditam as regras, mesmo com a presença de grande número de policiais
militares. As três mortes de detentos, nas últimas 48 horas, mostram que o caldeirão
voltou a ferver e está à beira de uma nova rebelião. Em 2014, já foram mais de
13 assassinatos em Pedrinhas.
Além dessas mortes, nos últimos dias, vários
túneis escavados, com centenas de presos prestes a fugir, foram descobertos. Se
houvesse algum controle, esses túneis não seriam escavados. O que vê, na
verdade, são policiais que temem ter acesso aos pavilhões onde se encontram os
detentos. Esse medo, revela o poderio das facções organizadas, separadas por
blocos para evitar confrontos.
No auge da última crise no sistema prisional,
com mais uma rebelião sangrenta, a governadora, acossada pela mídia nacional,
anunciou medidas que poderiam conter essa onda de violência. Medidas anunciadas
depois da vinda do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, no comando de
ações para tirar Roseana do isolamento do palácio, depois da eclosão da crise.
Até então, a governadora se recusava a fazer alguma manifestação pública sobre
a crise.
Depois de decretar emergência no sistema
prisional, anunciou a construção de presídios que iriam desafogar o complexo
penitenciário de Pedrinhas. Essa emergência era para facilitar a contratação de
empresas para comandar essas obras. Baixada a poeira dessa crise, pergunta-se:
cadê os novos presídios? Quando serão entregues? Será que o governo está
esperando mais uma rebelião sangrenta, com repercussão nacional, para voltar a
fazer promessas?
Acredito que Roseana Sarney, que vive
seus últimos momentos no comando do governo, não está mais preocupada com esse
problema do sistema penitenciário. No auge da crise, mostrando toda a
incompetência para governar, poderia ter renunciado ao mandato. Teria sido o
melhor para o povo do Maranhão.
Infelizmente, ainda teremos que suportar
esses desmandos até dezembro. Com a certeza de que estamos caminhando para um
Maranhão de prosperidade e desenvolvimento, a partir de janeiro de 2015. E que
esses que dilapidaram os cofres públicos e condenaram o povo à miséria possam
cumprir penas no “Caldeirão de Pedrinhas”. Só assim, sentirão na pele as dores
de um sistema prisional desumano.
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