Gilberto Lima
O coronel Sarney é inimigo de si mesmo.
O seu ego ferido o faz perder o controle emocional. Aquela máscara de um
político cordato, afável, conciliador, cai por terra diante de um dos piores
momentos de sua longeva carreira política.
A decadência de seu império político causa-lhe
sérios transtornos emocionais. O descontrole é visível. Está nas linhas e
entrelinhas de seu artigo venenoso, publicado no último domingo, onde tacha seu
principal adversário de ‘pivete’, e seus opositores de ‘bocas do inferno’.
Esse é o comportamento de um comandante
que perdeu o controle da tropa. Que não consegue unir todos os aliados em torno do
projeto de perpetuação no poder. O desânimo em grande parte da tropa é visível.
A própria filha, ainda governadora, já teria lavado as mãos e prepara a bagagem
para viver nos states. Afinal, são milhões acumulados ao longo de vários anos
que precisam ser gastos. Uma aposentadoria em um paraíso, distante do Maranhão
sofrido e aviltado por cinco décadas de abandono.
O supersecretário de saúde, como soldado
rebelado, cuida tão-somente da candidatura da rebenta e de projetos de seu
interesse político-eleitoral. Dane-se o projeto de perpetuação no poder. Para
ele, o principal projeto é o familiar.
Com as rédeas frouxas, e sem ter forças
para apertá-las, o coronel perde o controle do rebanho. Sem norte, sem rumo, é
cada um por si. É o salve-se quem puder, diante do dilúvio que promete varrer o
atraso do Maranhão. É o fim da velha política. De velhas práticas. E de
políticos velhos.
E o coronel caminha para o isolamento em
Curupu. Bom descanso.
Interessante Gilberto é que quando teve preterida pelo PT do Amapá sua candidatura com o apoio do partido esse Honorável Bandido teve a petulância de dizer que tudo que aquele Estado tem deve a ele. Quando se trata do Maranhão, outro feudo da família, diz que não tem responsabilidades pelo péssimo IDH do Estado e culpa o Imperialismo, a quem ele tanto serviu desde a ditadura e, de quebra, a ONU, para quem até pouco tempo queria pousar de estadista. Pode, amigo?
ResponderExcluirInteressante Gilberto, é que esse honorável bandido quando teve preterida sua intenção de se candidatar à reeleição pelo Estado do Amapá, ele disse em seu arroubo, que tudo que existe naquele Estado se deve a ele. agora, quando se trata do Maranhão, outra capitania sua, ele diz que não tem culpa pelo péssimo IDH do Estado, imputando a culpa ao Imperialismo, a quem ele muito serviu desde o tempo da ditadura e, à ONU para quem ele queria pousar de estadista até pouco tempo. Pode? Ele só que os louros, o bônus; nada de ônus.
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