Gilberto Lima
Entramos em um momento decisivo da
disputa pelo governo do Maranhão. Um momento que se prenuncia histórico para o
Maranhão e o Brasil. O momento que poderá representar o fim de cinco décadas de
domínio político do grupo Sarney. O fim de um ciclo que deixa um rastro de miséria
pelos mais longínquos rincões do estado, que está entre os que apresentam os piores
indicadores sociais no país, mas com uma riqueza natural invejável. Está
entre os que apresentam maior concentração de renda, com uma elite política que
costuma confundir o público com o privado.
Iniciar um ciclo de crescimento e prosperidade,
com justiça social e distribuição de renda justa, é o desafio dos que lutam
para sepultar o atraso. No entanto, a luta é árdua e cheia de obstáculos.
Na iminência de uma derrota histórica, o
grupo Sarney estrebucha e articula estratégias para implantar o terror e o
medo. Uma mostra foi o ataque criminoso à Prefeitura de São Luís, na madrugada
desta sexta-feira(19), quando vândalos, usando tinta em spray e em sacos
plásticos, fizeram a pichação da parede lateral da prefeitura, onde está
localizado o gabinete do prefeito Edivaldo.
O objetivo era incendiar a prefeitura, pois chegaram a arremessar dois coquetéis
molotov, que tiveram os pavios apagados depois do lançamento. Se atravessassem
as janelas, com certeza, teriam provocado um incêndio no gabinete do prefeito.
Aliados do atual governo, e defensores
do candidato sarneisista, são afeitos a atos violentos para intimidar ou
pressionar adversários. O próprio prefeito Edivaldo Holanda, alvo dos ataques
desta sexta, já foi vítima de aliados do governo do Estado. O vereador Fábio
Câmara(PMDB), ligado ao secretário de saúde Ricardo Murad, estimulou o ‘protesto
do caixão’ em frente à prefeitura, usando alguns ex-cooperativados da
Multicooper. Alguns meses após os protestos, que durou vários dias, o senador
João Alberto(PMDB) confessou que não só estimulou, mas acompanhou de perto o
protesto. Lamentou o baixo número de participantes, pois isso terminou impossibilitando
a concretização de outros planos. Não custa lembrar que João Alberto foi o
comandante da sangrenta ‘operação tigre’, quando de sua passagem pelo governo.
Diante desses fatos mais recentes,
integrantes da oposição ao grupo Sarney devem ficar atentos e ter muito cuidado
com a possibilidade da ocorrência de ações violentas, principalmente nesta reta
final de campanha. O desespero e a possibilidade real de perda do mando
político podem levar a atos tresloucados e extremos.
Pichadores e incendiários estão à solta
a serviço do atraso. Cuidado, portanto!
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