Rádio Voz do Maranhão

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Cuidado! Pichadores e incendiários estão à solta

Gilberto Lima

Entramos em um momento decisivo da disputa pelo governo do Maranhão. Um momento que se prenuncia histórico para o Maranhão e o Brasil. O momento que poderá representar o fim de cinco décadas de domínio político do grupo Sarney. O fim de um ciclo que deixa um rastro de miséria pelos mais longínquos rincões do estado, que está entre os que apresentam os piores indicadores sociais no país, mas com uma riqueza natural invejável. Está entre os que apresentam maior concentração de renda, com uma elite política que costuma confundir o público com o privado. 

Iniciar um ciclo de crescimento e prosperidade, com justiça social e distribuição de renda justa, é o desafio dos que lutam para sepultar o atraso. No entanto, a luta é árdua e cheia de obstáculos.

Na iminência de uma derrota histórica, o grupo Sarney estrebucha e articula estratégias para implantar o terror e o medo. Uma mostra foi o ataque criminoso à Prefeitura de São Luís, na madrugada desta sexta-feira(19), quando vândalos, usando tinta em spray e em sacos plásticos, fizeram a pichação da parede lateral da prefeitura, onde está localizado o gabinete do prefeito Edivaldo.  O objetivo era incendiar a prefeitura, pois chegaram a arremessar dois coquetéis molotov, que tiveram os pavios apagados depois do lançamento. Se atravessassem as janelas, com certeza, teriam provocado um incêndio no gabinete do prefeito.

Aliados do atual governo, e defensores do candidato sarneisista, são afeitos a atos violentos para intimidar ou pressionar adversários. O próprio prefeito Edivaldo Holanda, alvo dos ataques desta sexta, já foi vítima de aliados do governo do Estado. O vereador Fábio Câmara(PMDB), ligado ao secretário de saúde Ricardo Murad, estimulou o ‘protesto do caixão’ em frente à prefeitura, usando alguns ex-cooperativados da Multicooper. Alguns meses após os protestos, que durou vários dias, o senador João Alberto(PMDB) confessou que não só estimulou, mas acompanhou de perto o protesto. Lamentou o baixo número de participantes, pois isso terminou impossibilitando a concretização de outros planos. Não custa lembrar que João Alberto foi o comandante da sangrenta ‘operação tigre’, quando de sua passagem pelo governo.

Diante desses fatos mais recentes, integrantes da oposição ao grupo Sarney devem ficar atentos e ter muito cuidado com a possibilidade da ocorrência de ações violentas, principalmente nesta reta final de campanha. O desespero e a possibilidade real de perda do mando político podem levar a atos tresloucados e extremos.


Pichadores e incendiários estão à solta a serviço do atraso. Cuidado, portanto!

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