Gilberto Lima
O fantasma da derrota assusta a presidente
Dilma Roussef, logo neste início de propaganda eleitoral no segundo turno. Aécio Neves lidera e
tem apresentado tendência de crescimento. Sufoco para a campanha de Dilma. Qual
a estratégia para reverter o cenário de uma possível derrota, em poucos dias de
campanha? Bater pesado em Aécio, tentando ‘desconstruir’ sua imagem ou fazer
uma campanha propositiva?
Diante do bombardeio por conta do
escândalo do propinoduto da Petrobras, a presidente quer focar em novas
promessas de combate austero à corrupção, calcanhar de Aquiles de seu governo.
Sem deixar de lado o bombardeio à candidatura tucana, disseminando que ele (Aécio) vai fazer
um governo para os ricos e deixando a pobreza no abandono, com os cortes em
programas sociais.
No primeiro turno, o maior equívoco
petista foi bater forte em Marina Silva, tentando desconstruir sua imagem. Isso
provocou a queda de Marina, a ponto de deixa-la fora do segundo turno. No
entanto, o PT jamais imaginava o estrondoso crescimento de Aécio, a ponto de
ameaçar o favoritismo de Dilma no segundo turno. A tentativa de ‘desconstruir’
Marina foi danosa aos petistas, pois provocaram uma avalanche de eleitores rumo
à candidatura de Aécio. Pelas pesquisas, mais de 70% dos que votaram em Marina,
migraram para o tucano neste segundo turno. Isso põe em risco o projeto de
reeleição de Dilma.
Por outro lado, o escândalo da Petrobras
– com as revelações de gravações de depoimentos dos delatores – estão sangrando
a candidatura de Dilma aos poucos. Não adianta dizer que é uma tentativa de
golpe, com ajuda da grande mídia. É fato que o governo Dilma foi incapaz de
estancar a sangria de recursos dos cofres públicos. Nunca antes, na história
deste país, viu-se uma estatal ser dilapidada tão vorazmente pela corrupção
desenfreada. Faltou pulso firme. Sobrou conivência com atos nada republicanos.
Infelizmente, ações que beneficiam a base aliada corrupta, que só se mantém
fiel se houver pagamento de propina. Mesmo sob o risco de se quebrar uma
estatal do porte da Petrobras, um patrimônio do povo brasileiro.
Dilma paga um preço alto por falta de
pulso forte e por ter feito alianças com o que existe de pior na política
brasileira. Raposas velhas acostumadas ao fisiologismo, ao clientelismo.
Sanguessugas de dinheiro público, sempre beneficiárias da impunidade.
Será que a presidente caminha para o ocaso?
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