Rádio Voz do Maranhão

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Com medo de prisão, Roseana adia renúncia em meio a novas denúncias da Operação Lava a Jato


Roseana tem medo de ser presa na
Operação Lava Jato

Pela oitava vez em dois meses Roseana Sarney decide adiar a renúncia ao cargo de governadora, prevista inicialmente para meados de novembro. Uma situação vexatória, provocada pelo temor de prisão na Operação Lava Jato.

Roseana havia comunicado aos deputados estaduais durante almoço na semana passada que deixaria o cargo nesta terça-feira dia (08), mas a assessoria de comunicação do Palácio dos Leões divulgou uma agenda de compromissos para esta terça-feira (09).

O novo adiamento da renúncia ocorre em meio a novas e graves denúncias colhidas pela Operação Lava a Jato da Polícia Federal. O Jornal O Globo divulgou ontem (08) o conteúdo de gravações telefônicas onde o doleiro Alberto Youssef combina a liberação de pagamento e o transporte de propina a ser entregue para Roseana Sarney e a cúpula de seu governo.

Enquanto isso, a imprensa nacional começa a desembarcar em São Luís para acompanhar o que seria a fuga da governadora após o ato de renúncia. 

Amigos e parentes confirmam que Roseana deverá viajar para fora do país assim que entregar o cargo ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo (PMDB).

Suposto Recebimento de propina

A ainda governadora foi apontada, em depoimento da contadora do doleiro Alberto Youssef, Meire Poza, como beneficiária de uma propina de R$ 300 mil por conta da liberação do pagamento de precatório à Constran,

Meire afirmou ter se reunido, juntamente com Youssef, com o então secretário da Casa Civil do Maranhão, João Guilherme Abreu. O interesse da Constran era receber R$ 123 milhões em precatórios.

Segundo a contadora, ficou acertado o pagamento de propina de R$ 6 milhões, por conta de um acerto para parcelamento dos precatórios em 24 vezes.

Uma das remessas teria sido levada por Adarico Negromonte, irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte. O valor foi de R$ 300 mil. A pessoa que recebeu o dinheiro teria reclamado da quantia e consultado a governadora Roseana se o montante deveria ser recebido.

“Adarico esteve no meu escritório depois da prisão do Alberto. Ele disse que foi ao Maranhão levar o dinheiro e que a pessoa afirmou que era pouco. Ela então teria entrado em contato com a governadora para saber se ela concordaria em receber os R$ 300 mil, e ela teria concordado”, disse a contadora.

Com informações do Blog da Lígia Teixeira

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