Roseana será lembrada pelos monumentos à
incompetência e à corrupção. Da lista, fazem parte a ‘estrada fantasma’ Paulo
Ramos/Arame, onde enterraram mais de R$ 70 milhões e, até hoje, está
intrafegável; o Pólo de Confecções de Rosário, que geraria milhares de
empregos, mas terminou deixando centenas de famílias pobres endividadas junto
ao Banco do Nordeste; o Projeto Italuís II, que consumiu mais de R$ 300 milhões
e foi paralisado por suspeitas de faturamento e licitação dirigida para
beneficiar as construtoras OAS e Gautama; e, mais recentemente, a Refinaria
Premium, que saiu da lista de prioridades da Petrobras, depois de consumir
quase R$ 2 bilhões somente na terraplenagem. Mesmo com todo esse rosário de
irregularidades, Roseana nunca foi chamada à responsabilidade, e, pelo visto,
continuará na impunidade.
Fora do governo, sem foro privilegiado,
a ex-governadora vai passar a conviver com o fantasma da ‘Operação Lava Jato’,
que investiga o esquema de pagamento de propina a políticos e partidos com
dinheiro de empreiteiras que prestam serviços à Petrobras, e outros
esquemas comandados pelo doleiro Alberto Youssef. Roseana foi citada por Meire
Poza, contadora do doleiro, como beneficiária de uma propina de R$ 300 mil pela
liberação de pagamento de precatórios no valor de R$ 700 milhões à CONSTRAN. O
valor total a ser pago de propina seria de R$ 6 milhões, acertados com Youssef.
Com medo dos desdobramentos dessa
operação que, na próxima fase, estará voltada aos políticos citados em
depoimentos, a ex-governadora embarca nos próximos dias, em jatinho particular,
com destino à Flórida. Pretende voltar em quatro meses, depois que baixar a
poeira da Operação Lava Jato.
Deixa para trás grandes rastros de
corrupção. Será que um dia pagará por tantos desmandos ou continuará na
impunidade?
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