Rádio Voz do Maranhão

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Corrupção marcou governos de Roseana Sarney


Nunca antes na história do Maranhão se teve um governo tão corrupto. Nunca se viu tanta impunidade em outro lugar como no Maranhão. Roseana Sarney renuncia ao governo, depois de quatro mandatos, deixando a corrupção como marca maior. Durante esse longo período no poder, o império econômico da família Sarney ‘bombou’, com negócios nas mais diversas áreas. Ela mesma, ao lado do marido Jorge Murad, o governador de fato, constituiu um patrimônio que lhe dará sossego e conforto para o resto da vida. Em 2009, segundo o wikileaks, foi descoberta uma conta em um banco das Ilhas Caimãs, em nome de Roseana, com movimentação de U$ 150 milhões entre 1993 e 1999. Pelo visto, dinheiro não faltará nessas ‘férias’ nos EUA.

Roseana será lembrada pelos monumentos à incompetência e à corrupção. Da lista, fazem parte a ‘estrada fantasma’ Paulo Ramos/Arame, onde enterraram mais de R$ 70 milhões e, até hoje, está intrafegável; o Pólo de Confecções de Rosário, que geraria milhares de empregos, mas terminou deixando centenas de famílias pobres endividadas junto ao Banco do Nordeste; o Projeto Italuís II, que consumiu mais de R$ 300 milhões e foi paralisado por suspeitas de faturamento e licitação dirigida para beneficiar as construtoras OAS e Gautama; e, mais recentemente, a Refinaria Premium, que saiu da lista de prioridades da Petrobras, depois de consumir quase R$ 2 bilhões somente na terraplenagem. Mesmo com todo esse rosário de irregularidades, Roseana nunca foi chamada à responsabilidade, e, pelo visto, continuará na impunidade.

Fora do governo, sem foro privilegiado, a ex-governadora vai passar a conviver com o fantasma da ‘Operação Lava Jato’, que investiga o esquema de pagamento de propina a políticos e partidos com dinheiro de empreiteiras que prestam serviços à Petrobras, e outros esquemas comandados pelo doleiro Alberto Youssef. Roseana foi citada por Meire Poza, contadora do doleiro, como beneficiária de uma propina de R$ 300 mil pela liberação de pagamento de precatórios no valor de R$ 700 milhões à CONSTRAN. O valor total a ser pago de propina seria de R$ 6 milhões, acertados com Youssef.

Com medo dos desdobramentos dessa operação que, na próxima fase, estará voltada aos políticos citados em depoimentos, a ex-governadora embarca nos próximos dias, em jatinho particular, com destino à Flórida. Pretende voltar em quatro meses, depois que baixar a poeira da Operação Lava Jato.

Deixa para trás grandes rastros de corrupção. Será que um dia pagará por tantos desmandos ou continuará na impunidade?

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