Gilberto Lima
Jesus, Maria, José, valei-nos!

É fim de festa para a oligarquia! Estão fazendo uma verdadeira limpeza nos cofres do Estado. Como
dizem no interior, estão raspando o tacho. Sugam tudo o que podem. Vigiem para que o cofre não seja levado. Vão deixar
só o bagaço da cana para o Flávio Dino. R$ 60 milhões torrados em apenas 20
dias de governo é uma indecência, uma imoralidade! Se nenhuma providência for
tomada, nesses últimos dias ainda se pode ter alguns milhões liberados,
principalmente para empreiteiras. São os pagamentos milionários de fim de
governo. Foi para isso que Arnaldo Melo assumiu o governo?
Essa farra poderia ter sido evitada. Logo depois da
eleição, o governador eleito, Flávio Dino(PCdoB), poderia ter requerido, por exemplo,
a suspensão de pagamento a empreiteiras, principal canal de escoamento de
recursos públicos. Existem suspeitas de superfaturamento de várias obras na área de infraestrutura. Com certeza, nenhuma das empresas do setor, geralmente
pertencentes a amigos de quem está no poder, deixará de receber as últimas
faturas de contratos milionários.
Será que querem inviabilizar os primeiros meses da
gestão de Flávio Dino, deixando o mínimo de recursos para honrar compromissos,
logo no início do ano? Essa tem sido a grande preocupação do governador eleito.
Até o momento, a equipe de transição não tem conhecimento da real situação
financeira do Estado. Não sabe quando está ficando em caixa para pagamentos no
primeiro mês do ano, como os compromissos no setor de saúde. Há poucos dias, o
governador eleito disse que nem Arnaldo Melo tinha conhecimento dessa situação,
e que precisaria consultar o secretário de Planejamento.
Diante dessa situação, Flávio Dino vai começar esse
voo de quatro anos com a aeronave no piloto automático, operando por
instrumentos. Depois que sentar na cadeira de comandante, vai pôr em prática
seu próprio plano de voo, colocando as coisas na rota certa. A certeza que ele
tem é que terá muitos problemas, num primeiro momento, até ter noção dos rombos
que estão sendo deixados pela oligarquia. Acredita-se que em 20 dias terá um
diagnóstico da situação.
Com todos os dados em mãos, deverá conceder
entrevista coletiva, onde pretende anunciar as primeiras medidas de impacto e mostrar o diagnóstico da situação deixada pela oligarquia.
Afinal, o povo sofrido e espoliado ao longo de cinco décadas tem pressa!
Constando-se desvios, irregularidades em contratos,
pagamentos indevidos, cabe acionar judicialmente os responsáveis para que
respondam por suas ações que possam ter causado danos ao erário.
Que não levem também o tacho!
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