
Acostumados a agirem livremente, sem nenhum incômodo
por parte de órgão de defesa do consumidor, os donos de postos de combustíveis
resolveram espernear contra uma ação da RedCon que levou à redução nos preços
abusivos dos combustíveis. O juiz Douglas Martins decidiu pela procedência da ação
e determinou a redução nos preços exorbitantes, com aplicação de multa de R$ 70
mil por dia aos infratores.
O aumento determinado girava em torno de R$ 0,22 por
litro de gasolina, mas muitos postos dobraram em aumento, com o preço do litro
chegando a R$ 2,55. Depois que oficiais de justiça andaram distribuindo autos de
infração, os postos que praticavam preços abusivos decidiram cumprir a
determinação judicial. Imediatamente, o preço do litro da gasolina caiu para uma média de R$ 3,27.
A reação dos empresários do setor veio neste domingo,
em nota distribuída à imprensa. Reclamam, principalmente, da campanha
difamatória conduzida pelo poder público e por veículos de comunicação. “Uma
campanha com o objetivo claro de incitar a opinião pública contra a categoria
de revenda de produtos derivados de petróleo no estado”, diz a nota.
Em outro trecho, repudiam a criminalização fácil dos
empresários do setor. Acreditam, ainda, que essa decisão possa ser revertida no
Judiciário. “Temos a certeza de que a Justiça será feita, o funcionamento do
livre mercado restabelecido. O Poder Judiciário fará julgamento justo, ético e
isento de vieses políticos e econômicos”, ressalta a nota.
Na verdade, essa ação da RedCon, aliada à decisão
firme do juiz Douglas Martins, serve para mostrar aos empresários do setor de
combustíveis que, com o governo Flávio Dino, a população passa a contar efetivamente com órgãos que estão imunes a quaisquer tipos de manipulações que possam
lhes favorecer. Em tempos recentes, talvez por conivência de órgãos que
deveriam atuar em defesa da população, esse segmento estava livre para praticar
preços abusivos. Até para a prática de cartelização de preços.
Confira o teor da nota do Sindicombustíveis-MA.
NOTA DE REPÚDIO
O Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do
Maranhão vem a público repudiar a campanha difamatória que algumas entidades
oficiais e veículos de comunicação vêm fazendo com o objetivo claro de incitar
a opinião pública contra a categoria de revenda de produtos derivados de
petróleo no estado.
Lamentamos as acusações genéricas e infundadas que
demonstram desconhecimento da regulação
desse mercado complexo, denigrem a imagem institucional dos revendedores e
diminuem a dignidade dos empresários do setor que contribuem com o Brasil e o
Estado do Maranhão ao gerar larga parte dos impostos que os mantêm, além de
emprego e renda para milhares de cidadãos.
O Sindcombustiveis-MA repudia veementemente a
criminalização fácil dos empresários neste momento grave em que o país passa por grandes ajustes fiscais e
tributários.
Temos a certeza de que a Justiça será feita, o
funcionamento do livre mercado restabelecido e as acusações e erros
interpretativos devidamente esclarecidos e rejeitados, visto a convicção de que
o Poder Judiciário fará julgamento justo, ético e isento de vieses políticos e
econômicos.
Por fim, reafirmarmos que não interferimos nas
relações de mercado, não orientamos, sugerimos ou determinamos preços e outras
condições comerciais de associados em respeito e zelo à livre iniciativa e
concorrência.
A DIRETORIA
Alguém precisa avisar a essas entidades que o Maranhão não é só São Luis, no interior os preços além de abusivos deixam fortes indícios de cartel. E o Ministério Publico e conhecido como "Omisso Publico"
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