Gilberto Lima
Como se estivesse preocupado com o desenvolvimento
do Maranhão e com a geração de emprego e renda, José Sarney tenta mostrar-se
indignado com a decisão da Petrobras de sepultar o projeto da Refinaria Premium
I, em Bacabeira. O chororô está nas linhas de seu artigo semanal. É hilário!
Começa reclamando da apatia do Maranhão diante de tal decisão. Queria o quê?
Que o povo fosse ás ruas para defender mais um projeto fracassado, que estava
servindo para encher os bolsos de beneficiários com esquemas de corrupção?
Foram R$ 2 bilhões enterrados apenas na terraplenagem. Só está faltando o
delator Paulo Roberto Costa dizer quem se beneficiou com suposto esquema de
propina desse projeto falido.
Sarney diz lamentar que o Maranhão tenha descido
ladeira abaixo. Perdeu dois ministérios, ficando sem uma voz forte para
defender os interesses do Estado junto ao governo federal. Deveriam ter se
manifestado fortemente no primeiro momento da decisão de paralisação das obras
da Refinaria de Bacabeira por tempo indeterminado. Lobão era ministro de Minas
e Energia e não se viu um protesto forte junto ao governo Dilma por causa de
tal decisão. O próprio Sarney silenciou. Poderia ter bradado a favor do
Maranhão, naquele momento, na Tribuna no Senado. Sabiam que o projeto era
inviável e não estava mais na lista de prioridades da estatal do petróleo. Talvez esse choro tardio seja apenas para mostrar aos maranhenses que ele está preocupado com o futuro do Maranhão.
O morubixada diz que pagamos pela Lava Jato e
pergunta o que o Maranhão tem a ver com o escândalo de corrupção na Petrobras.
Os maranhenses não têm nenhuma participação no escândalo da Petrobrás, mas eles
(do grupo Sarney) têm a ver, sim. Afinal, Roseana e João Abreu são citados como
beneficiários de propina pelo doleiro Alberto Youssef. Revelações que estão
tirando o sono da oligarquia, principalmente porque Roseana não tem mais foro
privilegiado. Se João Abreu resolver contar quem foram os beneficiários nesse
esquema, pode complicar, ainda mais, a situação.
Nos finalmente, conclama o povo à luta, como se
fosse um revolucionário. Não percebe que já não tem mais força política para
mobilizar o povo. Não admite que está sem forças junto ao governo federal para
ressuscitar a Refinaria. Essa tarefa é do novo governo, verdadeiramente
preocupado em mudar a realidade do Maranhão. Um governo que não vai transformar
projetos importantes em canais de escoamento de dinheiro público para aumento
de patrimônio familiar. Que não vai transformar o governo em um balcão de
negócios. Um governo que vai combater firmemente a corrupção.
Na verdade, o grupo Sarney fracassou em todos os
projetos de geração de emprego e renda. Os governos de Roseana Sarney foram marcados
por projetos que se transformaram em escândalos de corrupção e suspeitas de desvios de
recursos públicos. Dentre esses projetos fracassados e eivados de vícios
encontram-se a USIMAR, o Pólo de Confecções de Rosário, o Italuís II, o Projeto
Salangô e, agora, a Refinaria Premium. São apenas mostras da incompetência
gerencial e da falta de preocupação com o desenvolvimento do Estado. Foram
projetos que não prosperaram porque foram concebidos para aumentar o patrimônio
de integrantes do grupo que teve o domínio político no Estado por cinco
décadas. O que prosperou mesmo ao longo de todo esse tempo foi o êxodo de
maranhenses rumo a estados do Sudeste em busca de sobrevivência, por falta de
oportunidade aqui.
Por todo o histórico de maldades contra o povo do
Maranhão, podemos dizer que esse choro de Sarney é só miguelagem, enrolação,
tapeação. No fundo, revoltado com a derrota histórica para o governador Flávio
Dino, ele está querendo é que o Maranhão continue no fundo do poço que eles
mesmos cavaram.
São apenas lágrimas de crocodilo!
Confira o chororô do Sarney
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