Rádio Voz do Maranhão

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Deputados querem CPI para investigar uso de helicóptero da Saúde na campanha de Murad

Em 2014, por exemplo, a secretaria pagou R$ 4,9 milhões a PMR, por 1080 horas de voos, das quais apenas 204 horas foram utilizadas para os serviços aeromédicos.

do blog do Raimundo Garrone

O pai Ricardo e a filha Andréa: suspeitas de uso de helicóptero pago pela Saúde na campanha eleitoral

Desta vez ficou insustentável e os deputados devem mesmo protocolar um pedido de CPI para investigar os contratos com a PMR Táxi Aéreo e Manutenção e a Secretaria de Estado da Saúde, durante a gestão Ricardo Murad.

O pedido de CPI tomou corpo entre os deputados depois da denúncia de uso das aeronaves da empresa na campanha política da deputada Andréa Murad (PMDB), filha do ex-secretário que recebeu doação de campanha de R$ 120 mil da CC Pavimentações, do mesmo proprietário da PMR, com sede no Rio Grande do Sul.

A campanha da deputada Murad foi a única que recebeu doação da CC Pavimentações em todo o País; sem que a empresa preste qualquer serviço no Maranhão!

Para completar a doação foi feita no dia 1º de agosto, um dia depois que a secretaria de saúde pagou R$ 411 mil a PMR.

Foi também no mês de agosto, dia 12, que a deputada pagou em cheque o valor de R$ 110 mil pelo aluguel de um helicóptero da PMR para sua campanha; mas que só foi descontado dia 19 setembro, sem que, estranhamente, a nota fiscal do serviço conste, como exige a Lei, da prestação de contas de sua campanha apresentada ao TRE-MA.

Relatório da Secretaria de Saúde, na nova gestão Flávio Dino, também aponta uma série de irregularidades nos contratos da PMR entre os anos de 2011 e 2014.
Andrea Murad fazendo pose em São João dos Patos após descer do helicóptero da PMR

A SES detectou que na maioria das vezes que as aeronaves da PMR cruzavam os céus maranhenses não estavam levando pacientes ou mesmo técnicos para fiscalizar obras, como espertamente acrescentou Ricardo Murad aos objetos dos contratos.

Em 2014, por exemplo, a secretaria pagou R$ 4,9 milhões a PMR, por 1080 horas de voos, das quais apenas 204 horas foram utilizadas para os serviços aeromédicos.

Cada um dos dois helicópteros tinha um faturamento mínimo de 45/horas/mês, o que equivalia a um montante mensal de R$ 411 mil, exatamente o valor pago em 31 de julho de 2014, um dia antes da doação da CC Pavimentações.

Fora isso, quando as aeronaves decolavam de fato, Coroatá foi um dos destinos preferidos. No ano passado foram quase 60 voos para Coroatá e o maior pico de pouso e decolagens foi entre os meses de agosto e setembro, período de pleno vapor eleitoral, onde as aeronaves estiveram pelo menos 20 vezes na cidade administrada pela esposa de Ricardo Murad.

Porém, apenas dois desses voos constam no relatório dos atendimentos realizados pelo Transporte Aeromédico como atendimento a pacientes de urgência-emergência.

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