Sarney: do beijo ao golpe? |
O ex-senador José Sarney – que para muitos está ‘morto’
politicamente – seria um dos principais ‘operadores do golpe’ contra o governo da
presidente Dilma Roussef. É o que revela uma importante fonte do blog, em Brasília. Como um náufrago, está em busca de uma tábua de salvação
para voltar a ter força política no cenário nacional.
Caso ocorra o impedimento de Dilma, como articulam
os algozes do PT no Congresso, o PMDB ficará com mais força em um governo
de coalização com o PSDB e outros partidos que trabalham em favor de um ‘golpe’.
Na verdade, Sarney cospe no prato que comeu por
longos anos. Teve força política nos governos de Lula e no de Dilma Roussef.
Emplacou aliados nos mais diversos cargos da República. Acusado de ser beneficiado
com o esquemas de propinas da Petrobras, o senador Edison Lobão comandou o
poderoso Ministério de Minas e Energia, transformado-o em um grande balcão de
negócios. Além de Lobão, o oligarca emplacou Gastão Vieira no Ministério do
Turismo. Sem se falar na grande ocupação de cargos de segundo escalão. Com facilidade, entupiu os cofres do governo da filha com recursos federais, com suspeitas de desvios.
Qual o troco que Sarney dá a Dilma e ao PT? A
traição, o desprezo, o abandono. Estaria chateado com o isolamento político que
o tirou das rodas de negociações no governo. Estaria revoltado, ainda, com o suposto
envolvimento de sua filha com o propinoduto investigado pela Lava Jato. O que
teria a ver a presidenta Dilma com o fato de Lobão e Roseana serem citados em
depoimentos de delatores da Lava Jato? O Sarney queria que fossem poupados?
O que se sabe é que Sarney acredita que a Lava Jato
só perderá força com o afastamento de Dilma Roussef, pois o principal objetivo
da operação seria defenestrar o PT do poder. Com um novo governo, muitos dos
citados nos esquemas de recebimentos de propinas estariam mais aliviados, com
as investigações seguindo mais lentamente e com processos que se arrastariam
por longos anos. Em suma, é aposta na impunidade.
Com o afastamento de Dilma do poder, Sarney estaria
mirando no enfraquecimento político do governador Flávio Dino, hoje muito bem
articulado com o Palácio do Planalto. Seria um empecilho para, por exemplo, a liberação de verbas para investimentos no desenvolvimento do Estado. Seria uma forma de voltar a fortalecer seu
grupo político para tentar retomar o poder no Estado nas eleições de 2018, com
aval de eventual governo PSDB/PMDB.
Até lá, encampam uma campanha sórdida de
mentiras contra o governador Flávio Dino, usando e abusando de seu império
midiático. Querem promover o desgaste do governo que sofreria um grande abalo
com a concretização do ‘golpe’.
Esperamos que esse ‘golpe’ contra a presidenta Dilma
não se concretize. Se vingar, será a ressurreição de Sarney e seu séquito. Será
a volta às trevas.
Vade retro!
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