Ex-deputado envolve a ex-governadora Roseana Sarney e o Senador João Alberto em suposto crime de tráfico de influência no Tribunal de Justiça do Maranhão.
Na manhã desta terça-feira, após a entrevista coletiva na sede da Polícia Federal no bairro da Cohama em São Luís, o promotor Marco Aurélio Rodrigues, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), forneceu a imprensa parte do material investigado durante a Operação Attalea.
Entre os documentos, uma revelação: a Polícia Federal ao analisar documentos e ligações entre os acusados, encontrou trecho de um áudio onde o ex-presidente da Assembleia Legislativa, Antônio Carlos Braide, tenta tranquilizar o laranja de nome Anilson Araújo Rodrigues, ele recebe orientação do empresário Fernando Junior, outro líder da quadrilha. Ambos são investigados em atuar em pelo menos outros 30 municípios.
De acordo o áudio do ex-deputado Braide, ele vai resolver tudo politicamente no Tribunal de Justiça com influência da então governadora Roseana Sarney e o senador João Alberto, ambos do PMDB.
“(..)eu tô aqui para ajudar politicamente o pessoal é meu amigo. Eu com a governadora com João Alberto que vamos interferir na Justiça e lá é que mata tudo.” diz o ex-deputado em trecho de gravação constante nas página 20 e 21 do Relatório do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas .
Na verdade, é a certeza da impunidade que tem beneficiado muitos políticos corruptos no Maranhão. Uma prova evidente de que existem muitas barreiras no combate ao crime organizado que vem saqueando os cofres de muitas prefeituras.
Um dos citados por Braide, com força para interferir na decisão da Justiça, João Alberto, já deixara claro e evidente que é difícil combater o crime organizado no Maranhão. "O crime organizado é difícil de ser combatido porque tem raízes nos três poderes", dissera o senador sarneisista, à época da CPI do Crime Organizado no Maranhão.
Até quando decisões judiciais continuarão beneficiando ladrões de colarinho branco?
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