sábado, 26 de dezembro de 2015

O combate à pobreza é a verdadeira mudança iniciada por Flávio Dino no Maranhão

O primeiro passo foi redefinir a atribuição do Estado, que antes atendia somente aos interesses empresariais e familiares dos donatários do poder, para atender aos mais necessitados, condenados à miséria exatamente pela política excludente do antigo regime.   

Flávio Dino, instaurando a República no Maranhão em janeiro de 2015 durante sua posse no Palácio dos Leões

Por Raimundo Garrone

No dia 1º de janeiro de 2016 completa um ano do governo Flávio Dino e é necessário que se faça uma leitura correta da realidade para que se possa avaliar suas ações, sem se deixar levar pelo imediatismo e por um juízo surperficial fundamentado nas aparências e na rotina que não nos permite perceber sequer as mudanças que ocorrem a nossa volta.

O Maranhão até o final de 2014 ainda vivia na República Velha, como ficou conhecido o período (1889 a 1930) da história brasileira, marcado pelo comandado das oligarquias e o fortalecimento do coronelismo para dar mais poder político às elites regionais.

Há 85 anos, com a revolução de 30, Getúlio Vargas deu fim à velha forma de governo, cujas práticas ruinosas ainda resistiram no Maranhão até a posse de Flávio Dino, em janeiro de 2015.

A diferença entre os dois é que o primeiro chegou ao poder através de um golpe de estado, e o segundo através da escolha de 63,52% do eleitorado que validou diretamente o seu voto em 2014.

Ao contrário de Getúlio, que por força da revolução pode impor mudanças sociais e políticas, Flávio foi eleito democraticamente, o que determina um outro ritmo para as mudanças que tanto a população espera após mais de 40 anos de domínio da família Sarney.

Enquanto o golpe permite rupturas imediatas, a democracia não possibilita mudanças abruptas, como muitos desejam e por isso mesmo se dizem decepcionados com o atual governo por não fazê-las.

As mudanças históricas e sociais são graduais e só se  concretizam após um longo processo, que não surge naturalmente, mas da ação objetiva do Homem para transformar a sociedade em que vive.

O primeiro passo foi redefinir a atribuição do Estado, que antes atendia somente aos interesses empresariais e familiares dos donatários do poder, para atender aos mais necessitados, condenados à miséria exatamente pela política excludente do antigo regime.   

Combater às desigualdades é o principal objetivo da atual administração. O Mais IDH, programa que integra governo, prefeituras e sociedade civil envolve 23 ações nas áreas de saúde, educação, etc. no enfrentamento da pobreza extrema que atinge 30 cidades com os menores Índices de Desenvolvimento Humano.

O segundo passo significativo no processo de mudança é o combate à corrupção. Levantamento da Controladoria Geral da União,  apontou que deixamos  o último lugar para liderar o ranking da transparência com os gastos públicos em todo o País.

É através dessas ações e suas consequências futuras  que se pode dizer que realmente iniciamos uma nova era.

O combate a pobreza é a grande mudança do Maranhão!

Por outro lado, o governo enfrenta problemas e precisa melhorar em várias áreas de atuação, especialmente na Saúde e na Segurança, que atingem diretamente toda a população.

A convocação de 1.500 novos policiais e o fim do desvio dos recursos da Saúde permitirá um combate mais eficaz contra a violência e uma considerável melhoria no atendimento médico/hospitalar, nas atividades preventivas e no fornecimento de medicamentos.

Ao avaliar o primeiro ano do governo é importante observar a grave crise econômica, que diminuiu a arrecadação e a capacidade de investimento, exigindo competência administrativa redobrada para evitar o que já ocorre em vários estados, que atrasaram salários e não pagaram o décimo terceiro.

O Rio de Janeiro, por exemplo, além de atrasar o ordenado do funcionalismo, ainda deixou que a saúde pública entrasse em colapso.

Nas palavras da filósofa Rosana Madjarof, o Estado pode ser um equalizador de oportunidades, desde que defina, não o seu tamanho ou presença, mas a quem serve!

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