Rádio Voz do Maranhão

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Taxista estaria envolvido na morte de colega em Teresina

Polícia não tem dúvidas de que uma quadrilha interestadual agiu na morte de José Wilson

do portal 180 graus/Teresina

A Delegacia de Homicídios vai investigar um taxista suspeito de integrar a quadrilha envolvida na morte de José Wilson Teixeira, de 57 anos. Ele seria um dos líderes do bando que age no Piauí, Maranhão e Pará, especializado no roubo de veículos, e estaria facilitando a fuga de criminosos.

José Wilson, que trabalhava como taxista, foi morto na tarde de quarta-feira (3) por um adolescente de 16 anos, quando tentava impedir que seu veículo fosse tomado de assalto. Em um vídeo, gravado logo após sua apreensão, o menor F.G.A.P. confirma que o Siena branco de José Wilson foi uma encomenda feita por um grupo de Timon. Ele afirma que um homem chamado Guilherme tem o "canal" para a venda.

Na noite de ontem um rapaz, identificado como Felipe Silva, foi preso suspeito de participação na morte do taxista. Ele foi delatado pelo menor que forneceu a arma usada no assalto ao taxista, apreendido na manhã desta quinta. Ainda ontem pela manhã, duas jovens também foram presas e autuadas em flagrante por associação criminosa.

MENORES SÃO COOPTADOS

O grupo criminoso usa adolescentes para o roubo dos veículos, que para despistar a polícia. Após o roubo, os carros são "escondidos" em estacionamento de supermercados de Teresina, locais que não chamam a atenção da polícia, até que a documentação fria para venda dos carros roubados seja providenciada.

SEPULTAMENTO

José Wilson, que também era funcionário do Jornal O Dia, foi sepultado no final da tarde de ontem. O cortejo que seguiu até o cemitério Jardim da Ressurreição contou com centenas de taxistas, em homenagem ao colega morto. Sindicato e familiares pedem que o caso não seja esquecido pelas autoridades, e que todos os envolvidos sejam duramente punidos.


CATEGORIA QUER BOTÃO DO PÂNICO

O Sindicato dos Taxistas de Teresina quer a instalação de rastreadores e do chamado "botão do pânico" em todas as unidades que circulam na capital. Somente uma das cooperativas deve investir até R$ 145 mil para instalação do sistema nos 250 veículos, como forma de garantir maior segurança aos taxistas.

A medida faz-se cada dia mais urgente para a classe, vítima constante de ações criminosoas. Pedro Ferreira, presidente do sindicato, afima que os próprios taxistas estão dispostos a tirar do próprio bolso o dinheiro para instalação dos rastradores, pois se sentem inseguros.


"Nós andamos assustados. Nos últimos 30 dias foram 26 assaltos. Foram cinco mortes em um ano. Em Teresina existem 14 bairros que não andamos por conta da violência. Mas infelizmente nada é resolvido. Não entendo porque tanta violência contra os taxistas. Já estivemos reunidos com o Delegado Geral, com o Comandante da POlícia Militar e até agora nenhuma solução nos foi apresentada. Vamos agora ao TJ-PI cobrar alguma providência também. O que não podemos é ficar reféns desta bandidagem", desabafou o taxista Pedro Ferreira.

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