O tal mercado 'golpista' já vem dando mostras
que apoia o impeachment da presidenta. Basta uma ação do juiz Sérgio Moro
contra integrantes do PT e do governo para o dólar cair de cotação e a bolsa de
valores apresentar resultado positivo. Precisa dizer mais alguma coisa?
Mostrando que o mercado tem pressa, a
revista diz que "a maneira mais rápida e melhor para a senhora Rousseff
deixar o Planalto seria a renúncia antes de ser empurrada para fora",
defende o editorial. Desespero puro.
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Capa de Janeiro/2016 |
Não é a primeira vez que a revista
britânica prevê e torce pelo caos no Brasil. No início do ano, trouxe uma capa
com Dilma Rousseff cabisbaixa, acabrunhada, dando a entender que ela não
suportaria as pressões.
Com
o título de "Queda do Brasil", ‘The Economist', como ave agourenta,
previa desastre político e econômico em 2016.
Confira a matéria do jornal o Estado de
São Paulo sobre o editorial da The Economist.
Em
editorial, 'Economist' pede renúncia de Dilma por 'tentativa grosseira de
impedir Justiça'
O ESTADO DE S. PAULO
Londres - A revista britânica The
Economist defende em editorial que é hora de a presidente Dilma Rousseff deixar
o cargo. A escolha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil
foi uma "tentativa grosseira de impedir o curso da Justiça", diz o
editorial que será publicado na nova edição que chega às bancas neste fim de
semana. Por isso, Dilma está inapta a permanecer na Presidência, argumenta o
texto. A publicação diz que a troca na presidência da República abriria caminho
para um "novo começo" no Brasil.
"A indicação de Lula parece uma
tentativa grosseira de impedir o curso da Justiça. Mesmo que isso não fosse sua
intenção, esse seria o efeito. Esse foi o momento em que a presidente escolheu
os limitados interesses da sua tribo política por cima do Estado de Direito",
diz o editorial que tem o título "Hora de ir". "Assim, ela
tornou-se inapta a permanecer como presidente", cita o editorial que
defende que "a presidente manchada deveria renunciar agora".
O editorial nota que sempre defendeu que
apenas a "Justiça ou os eleitores - e não políticos com interesses
próprios tentando impedi-la - podem decidir o destino da presidente". Essa
percepção, porém, mudou com a decisão tomada por Dilma ao indicar Lula,
argumenta o editorial. A saída de Dilma Rousseff, diz o editorial,
"ofereceria ao Brasil a oportunidade de um novo começo".
A Economist afirma que continua
acreditando que o processo de impeachment pelas pedaladas fiscais segue
parecendo injustificado. Assim, a revista nota que há três caminhos para a
saída da presidente: 1) mostrar que Dilma Rousseff obstruiu o trabalho de
investigação na Petrobrás; 2) por decisão do Tribunal Superior Eleitoral que
resultaria em novas eleições ou 3) a renúncia. "A maneira mais rápida e
melhor para a senhora Rousseff deixar o Planalto seria a renúncia antes de ser
empurrada para fora", defende o editorial.
Sem Dilma, a Economist acredita que o
Brasil poderia ter um governo de coalizão liderado por Michel Temer para
executar reformas necessárias para estabilizar a economia e acabar com o
déficit público próximo de 11% do Produto Interno Bruto. O editorial nota,
porém, que Temer também está "profundamente envolvido no escândalo da
Petrobrás como o PT". Assim, apenas "novas eleições presidenciais
poderiam dar aos eleitores uma oportunidade de confiar as reformas a um novo
líder".
O semanário britânico não é o primeiro
veículo internacional a sugerir a saída da petista. Em editorial no começo da
semana, o The Guardian sugeriu que se Dilma não conseguir restaurar a calma no
Brasil, a presidente deveria convocar novas eleições ou renunciar. De acordo
com o editorial publicado na edição de domingo do jornal, "uma das
preocupações óbvias é que esses protestos, se não controlados, podem resultar
em violência generalizada com risco de intervenção militar".
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