"As informações e documentos que vierem a ser fornecidos por essa instituição irão subsidiar a Administração pública Estadual na adoção das providências disciplinares e outras cabíveis em face de servidores públicos estaduais eventualmente envolvidos nos fatos", destaca o documento da PGE

No documento encaminhado ao Superintendente
da PF no Maranhão, Alexandre Silva Saraiva, a PGE pede que seja autorizado o compartilhamento, com o
Poder Executivo Estadual, das informações obtidas pelo órgão nas investigações
realizadas.
“Registramos que as informações
e documentos que vierem a ser fornecidos por essa instituição irão subsidiar a
Administração pública Estadual na adoção das providências disciplinares e
outras cabíveis em face de servidores públicos estaduais eventualmente
envolvidos nos fatos objeto da investigação policial”, ressalta o documento da
PGE, assinado pelo procurador Rodrigo Maia.
A iniciativa da PGE foi motivada
pelo fato de ter sido divulgada a suposta participação do Secretário de Estado
de Meio Ambiente, Marcelo Coelho, e de outros servidores da Sema, no esquema criminoso.
Operação da PF foi deflagrada nesta quinta
Mais de 300 policiais federais,
apoiados por servidores do IBAMA e por policiais do BOPE de Brasília e do Rio
de Janeiro, estão dando cumprimento a 77 medidas judiciais, sendo 11 mandados
de prisão preventiva, 10 mandados de prisão temporária, 56 mandados de busca e
apreensão, bem como à suspensão da certificação de 44 empresas madeireiras, nas
cidades de São Luís, Imperatriz, Buriticupu, Açailância, Zé Doca, Alto Alegre
do Pindaré, Bom Jardim, Governador Nunes Freire, todas no estado do Maranhão.
No Rio Grande do Norte: Tibau, Mossoró, Parnamirin e Natal, e em Capuí no
estado do Ceará.
A organização criminosa atuava
extraindo ilegalmente madeira das reservas indígenas. Esse material era
“esquentado” por meio de documentação fraudulenta para o transporte e retirada
das áreas protegidas. Um membro da quadrilha era o responsável por emitir
documentos destinados a microempresas laranjas, cadastradas como construtoras
em pequenas cidades no interior do Rio Grande do Norte. Essa manobra servia
para desviar a madeira para receptadores em todo o Nordeste brasileiro.
Os desmatamentos causaram danos
ambientais gigantescos no último reduto da floresta amazônica na região
nordestina. A organização criminosa fazia o corte seletivo de madeira nobre e
espécies ameaçadas de extinção, de forma a acobertar o crime sob a copa das
árvores de menor valor monetário. Segundo estimativas, o grupo teria
movimentado valores da ordem de R$ 60 milhões.
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