Em sua fala, Pimenta criticou a seletividade da Justiça brasileira, citando o caso de corrupção do Banestado, que, segundo ele, não teve a mesma repercussão na mídia e no judiciário do que a Lava Jato.
Ele também cobrou medidas de combate à corrupção contra juízes e procuradores que vendem sentenças.

O juiz Sérgio Moro deixou às
pressas a audiência na Comissão Especial da Câmara dos Deputados em que foi
convidado para comentar o projeto de lei 4850/2016, que “estabelece medidas
contra a corrupção”, após receber críticas e cobranças do deputado federal
Paulo Pimenta (PT-RS) contra a seletividade do judiciário brasileiro e a falta
de punição para juízes e procuradores corruptos.
Em sua fala, Pimenta criticou a
seletividade da Justiça brasileira, citando o caso de corrupção do Banestado,
que, segundo ele, não teve a mesma repercussão na mídia e no judiciário do que
a Lava Jato. Ele também cobrou medidas de combate à corrupção contra juízes e
procuradores que vendem sentenças. “Quero ver juiz e procurador defender
cassação para juízes e procuradores que vendem sentença. Hoje a pena para um
juiz que vende sentença é aposentadoria com manutenção de salário integral”,
protestou Pimenta.
Anteriormente, Moro tinha
defendido a adoção por parte do judiciário brasileiro de algumas práticas
existentes nos EUA, mas Pimenta defendeu que, se fosse o caso, as leis
americanas deveriam ser aplicadas também aos juízes.
“Quando se fala da legislação americana,
imagina se um juiz de primeira instância nos Estados Unidos captasse de maneira
ilegal uma conversa entre Bill Clinton, ex-presidente norte-americano, e Barack
Obama e jogasse nas redes de televisão, qual teria sido a atitude da justiça
americana? E então por que nós não pegamos esses exemplos para serem adotados
no Brasil”, questionou Pimenta.
Moro, no entanto, disse que não
iria comentar a fala de Pimenta e imediatamente se retirou do evento alegando
falta de tempo.
Confira o vídeo da fala do deputado e a resposta de Sérgio Moro
Confira o vídeo da fala do deputado e a resposta de Sérgio Moro
Nenhum comentário:
Postar um comentário