Polícia
Federal cumpre mandados de busca e apreensão e condução coercitiva contra
desembargadores e advogados suspeitos de conluio para favorecer criminosos
Fabio
Serapião, de Brasília
Com
o objetivo de aprofundar suas investigações sobre um esquema de venda de
decisões judiciais instalado dentro do Tribunal de Justiça do Ceará, 110
policiais federais cumprem 19 mandados de busca e apreensão e 24 mandados de
conduções coercitivas na manhã desta quarta-feira, 28. Entre os alvos estão os
desembargadores da ativa Francisco Pedrosa Teixeira e Sergia Maria Mendonça
Miranda, 14 advogados e o desembargador
aposentado Valdsen da Silva Alves Pereira.
Segunda
fase da operação Expresso 150, a ação de hoje foi autorizada pelo Ministro
Herman Benjamin do Superior Tribunal de Justiça e foi batizada de Cappuccino.
Benjamin acatou parte da representação proposta pela Polícia Federal na qual os
investigadores detalham indicativos de conluio entre advogados e
desembargadores visando às liberações de criminosos, por meio da concessão de
liminares em habeas corpus impetrados principalmente durante os plantões
judiciais.
Além
dos mandados de busca e apreensão e condução, houve a determinação de bloqueio
das contas de um desembargador aposentado e um advogado envolvido nas
ilicitudes, considerando o montante do valor transacionado indevidamente em
torno de decisões atípicas, que beneficiaram mais de 300 pessoas com a inclusão
nos quadros da Administração Pública, no cargo de soldado da PM do Estado do
Ceará, entre 2011 e 2012, sem que fossem devidamente aprovadas no concurso
público.
A
PF conseguiu mapear os núcleos criminosos após analisar os materiais apreendidos
na 1ª fase da operação, realizada em junho de 2015. Os crimes investigados são:
associação criminosa, corrupção passiva, tráfico de influência, corrupção ativa
e lavagem de dinheiro.
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