Na reta final das eleições municipais, algumas das
principais legendas estabeleceram cota por deputado federal que poderá ser
repassada à campanhas de aliados

Erich Decat,
O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Na reta final
das eleições municipais, algumas das principais legendas decidiram mexer no
Fundo Partidário e estabelecer uma cota por deputado federal que poderá ser
repassada a campanhas de candidatos aliados. O dinheiro distribuído pelas
legendas tem como origem o Fundo Partidário, composto, em parte, por recursos
públicos.
O Estado apurou que, após
negociação com o presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), e com o
tesoureiro do partido, senador Eunício Oliveira (CE), representantes da bancada
do partido na Câmara conseguiram a liberação de pelo menos R$ 5,3 milhões dos
recursos do fundo destinados à legenda. O valor corresponde a uma cota de R$ 80
mil para cada um dos 67 deputados.
A decisão foi comunicada
pelo líder do PMDB, Baleia Rossi (SP), à bancada na Câmara na semana passada.
Inicialmente, uma ala do
partido defendia uma cota de R$ 100 mil por deputado. Segundo integrantes da
cúpula do PMDB, o valor foi reduzido para R$ 80 mil para que fosse assegurada
“alguma reserva” em caso de emergência.
Além dos repasses aos
deputados, parte do dinheiro do fundo do partido também deve ser direcionada, em
um futuro próximo, para pagamento de aluguel de uma nova sede para o PMDB em
Brasília. O local ainda não foi definido, mas deverá ficar em uma casa no Lago
Sul, área nobre da cidade.
Partido Progressista.
Apesar do impacto no Fundo Partidário do PMDB, o repasse aos deputados da
legenda será bem menor do o previsto para ser distribuído entre os integrantes
da bancada do PP, por exemplo.
“No nosso caso, vamos
distribuir R$ 700 mil por deputado”, afirmou um integrante da Executiva
Nacional do PP. A soma, tendo como base a bancada de 47 deputados do partido no
exercício do mandato, chega a R$ 32,9 milhões.
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