Fernando Pimentel, governador de Minas Gerais
JOSÉ
MARQUES
FOLHA/DE BELO
HORIZONTE
Um dia
depois das eleições municipais, o governo de Minas Gerais anunciou que
parcelará o salário dos servidores do Estado até, ao menos, o fim do ano.
A
gestão Fernando Pimentel (PT) também adiou as datas de pagamento das primeiras
parcelas para os dias 14, em novembro, e 12, em dezembro. Antes, essa quantia
era depositada no quinto dia útil.
O
governo ainda informou que só se manifestará sobre como pagará o 13º salário em
novembro.
O
comunicado foi feito em reunião entre secretários e sindicatos de servidores na
manhã desta segunda (3). O governo de Minas tem parcelado os salários em até
três vezes desde fevereiro –recebem integralmente os funcionários que ganham
menos de R$ 3.000.
Em
nota, o secretário de Planejamento Helvécio Magalhães disse que "só está
sendo possível pagar os servidores no mesmo mês graças à renegociação das
dívidas dos Estados com a União".
Segundo
ele, o acordo "irá gerar um alívio de cerca de R$ 500 milhões ao tesouro
do Estado em 2016".
Já o
secretário da Fazenda, José Afonso Bicalho, afirmou que os atrasos nos
pagamentos têm acontecido por causa das dificuldades de arrecadação e disse que
o Estado tem "começado o mês praticamente sem recursos".
"Estamos
atrasando o pagamento a fornecedores, assistência social e até mesmo o repasse
aos municípios como forma de priorizar os salários dos servidores", disse.
O
governo de Minas prevê um deficit de aproximadamente R$ 10 bilhões este ano e,
para o ano que vem, de R$ 8 bilhões.
No
projeto de lei do orçamento encaminhado à Assembleia Legislativa na sexta (30),
Pimentel afirma que as despesas do ano que vem são "em quase sua
totalidade, de natureza obrigatória ou de atendimento a demandas sociais".
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